Economia

Governo vai investigar prática de dumping pela China

Segundo os dados apresentados pelas empresas do setor, o preço normal a ser praticado pela China seria de US$ 4,66/kg. Entretanto, o país cobrou US$ 1,35/kg


	Comércio exterior: em abril deste ano, a presidente Dilma Rousseff disse que o Brasil vai redobrar os esforços para garantir as exportações
 (Justin Sullivan/Getty Images)

Comércio exterior: em abril deste ano, a presidente Dilma Rousseff disse que o Brasil vai redobrar os esforços para garantir as exportações (Justin Sullivan/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 26 de dezembro de 2012 às 11h41.

Brasília - O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior inicia investigação para averiguar a existência de dumping (venda por preços inferiores aos de mercado) nas exportações da China para o Brasil de objetos de louça de mesa. De acordo com circular publicada hoje (26) no Diário Oficial da União, a China estaria vendendo esses objetos a preços muito inferiores aos das empresas nacionais.

Segundo os dados apresentados pelas empresas do setor, o preço normal a ser praticado pela China seria de US$ 4,66/kg. Entretanto, de abril de 2011 a março de 2012, o país cobrou US$ 1,35/kg. O dano à indústria nacional, ainda segundo as empresas do setor, foi constatado no final do período de investigação, quando as vendas da indústria doméstica diminuíram 1.766 toneladas, o que equivale a 9% do total comercializado, e a produção declinou 3.801 toneladas, uma queda de 15,4% em 2012 na comparação com 2011.

A investigação foi aberta devido a uma petição assinada por empresas que representam 54% da indústria nacional de objetos de louça de mesa. Caso seja comprovada a existência de dumping será aplicada aos produtos uma taxação extra, estipulada pelo governo. A prática é adotada pelo Brasil, por exemplo, no caso de calçados chineses. O importador deve pagar, além do preço do calçado e dos impostos, uma taxa de US$ 13,85 por par de sapato.

Em abril deste ano, a presidente Dilma Rousseff disse que o Brasil vai redobrar os esforços para garantir as exportações e indicou que os negociadores brasileiros irão a todas as instâncias possíveis para assegurar a competitividade dos produtos nacionais. A presidente condenou medidas protecionistas, adotadas por alguns países ricos, e a desvalorização da moeda para beneficiar a produção local. A China foi um dos países citados pela presidenta.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaChinaComércioComércio exteriorLegislação

Mais de Economia

Boletim Focus: mercado eleva estimativa de inflação para 2024 e 2025

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega