Economia

Governo quer mais exportações para países vizinhos

A ideia é intensificar as vendas na América Latina e nos demais emergentes para combater a queda do PIB

Pontapé inicial da estratégia será o envio de uma missão empresarial a Peru, Colômbia e Chile na semana que vem com 43 empresários (Stock Exchange)

Pontapé inicial da estratégia será o envio de uma missão empresarial a Peru, Colômbia e Chile na semana que vem com 43 empresários (Stock Exchange)

DR

Da Redação

Publicado em 15 de agosto de 2011 às 10h50.

Brasília - O governo quer combater a queda do Produto Interno Bruto (PIB) com mais exportações de produtos industrializados. A ideia é intensificar as vendas na América Latina e nos demais emergentes e, para isso, poderão ser adotadas novas medidas de incentivo tributário e creditício.

O pontapé inicial da estratégia será o envio de uma missão empresarial a Peru, Colômbia e Chile na semana que vem com 43 empresários, contou à reportagem o presidente da Agência de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), Maurício Borges. A escolha do governo se baseia no melhor poder aquisitivo, maior distribuição de renda e crescimento econômico dos últimos anos, apresentados pelos países do continente ao sul dos Estados Unidos, cuja economia deve continuar desacelerando nos próximos meses.

A intenção do governo é apoiar não apenas as vendas de produtos para a região, que costuma comprar artigos manufaturados de maior valor agregado, software e serviços, como assistência técnica e manutenção. O plano inclui, também, apoiar a instalação de empresas brasileiras na região, o que aumenta as exportações de partes e peças da matriz no Brasil para as filiais nos países latinos. Mesmo assim, a América Latina não é capaz, ainda, de substituir as vendas aos Estados Unidos, Europa e Japão, disse Borges.

No ano passado, a região comprou 18,4% das exportações brasileiras, uma receita equivalente a US$ 37,4 bilhões. Quase dois terços das mercadorias possuem alto valor agregado, segundo dados da Apex.

Defesa

Na outra mão, estão em estudo novas medidas para proteger melhor o mercado brasileiro do ingresso de importações com dumping ou subfaturadas. Esta semana, técnicos do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) deverão reunir-se com o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, para discutir o assunto. A ideia é aplicar as medidas de defesa de forma mais agressiva. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaComércio exteriorExportaçõesGoverno DilmaIndicadores econômicosPIB

Mais de Economia

Brasil é 'referência mundial' em regulação financeira, diz organizador de evento paralelo do G20

Governo teme “efeito cascata” no funcionalismo se Congresso aprovar PEC do BC

Banco Central estabelece regras para reuniões com agentes do mercado financeiro

Produção industrial sobe 4,1% em junho, maior alta desde julho de 2020

Mais na Exame