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Guedes estuda liberar saque do FGTS de conta ativa para esquentar economia

Medida seria similar à implementada pelo governo Temer no caso de contas inativas, mas só aconteceria depois da aprovação da Nova Previdência

Guedes: ministro disse que o governo avalia liberar recursos de contas de FGTS para impulsionar a economia brasileira (Isac Nóbrega/PR/Flickr)
AB

Agência Brasil

Publicado em 30 de maio de 2019 às 13h31.

Última atualização em 30 de maio de 2019 às 16h28.

O governo estuda liberar saques de contas ativas do Fundo de Garantia de Tempo de Serviço ( FGTS ), numa medida similar à implementada pelo governo Michel Temer no caso de contas inativas. A informação foi confirmada nesta quinta-feira (30) pelo ministro da Economia, Paulo Guedes .

O objetivo é o mesmo: injetar recursos capazes de alavancar a volta do crescimento. A medida, entretanto, ainda segue em estudo, e só deve ser implementada após a eventual aprovação da reforma da Previdência. "Nós temos que começar pelas coisas mais importantes", disse Guedes.

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"As coisas devem se acelerar nas próximas três ou quatro semanas", disse o ministro, em referência à tramitação da reforma da Previdência no Congresso

Ao citar medidas de estímulo ao crescimento que devem ser anunciadas após a aprovação da nova Previdência, Guedes mencionou a nova rodada de liberação dos saques nas contas do FGTS. "Inativas e ativas. Ativas também", afirmou ele, sem dar mais detalhes sobre a medida.

O governo cogita a liberação dos saques em contas ativas ante o esgotamento dos recursos disponíveis nas contas inativas, que já tiveram o saque liberado pelo governo Temer. Guedes ressalvou, porém, que a medida segue em estudo, e que ainda "não foi batido o martelo".

Hoje, o saque nas contas ativas do FGTS só é permitido em situações específicas, como no caso do trabalhador ser demitido sem justa causa ou se for para utilizar os recursos na aquisição de casa própria.

O ministro comentou nesta quinta-feira (30) o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre, que teve uma retração de 0,2% de acordo com os dados divulgados nesta manhã pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para ele, o resultado já era esperado.

Segundo ele, a queda do PIB no primeiro trimestre não é novidade para o governo, e ressaltou que a realização das reformas econômicas é fundamental para a retomada do crescimento econômico.

"Nós já estávamos contando com a economia bastante estagnada nesse primeiro trimestre, mas nós estamos confiantes que a retomada vem aí", afirmou ele a jornalistas, após reunião com parlamentares do Novo no Ministério da Economia.

A mais recente estimativa do governo de crescimento do PIB em 2019, revisada para baixo para 1,6%, já contemplou a expectativa para o pífio desempenho da atividade no primeiro trimestre, segundo Guedes.

O ministro estimou ainda que o próximo trimestre "já deve começar a ser positivo".

"Já deve haver alguma reforma, porque nós estamos tendo apoio. O Congresso deve apoiar o 1 trilhão (de reais)", acrescentou ele, sobre a economia mínima que o governo almeja com a reforma da Previdência.

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