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PIB do Brasil tem primeira queda trimestral desde 2016

Economia brasileira volta ao território negativo pela primeira vez desde o fim da recessão com quedas na agropecuária e impacto da indústria extrativa

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Desastre em Brumadinho: Incidente puxou para baixo o resultado da Indústria no trimestre (Adriano Machado/Agência Brasil)

Desastre em Brumadinho: Incidente puxou para baixo o resultado da Indústria no trimestre (Adriano Machado/Agência Brasil)

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Ligia Tuon

Publicado em 30 de maio de 2019 às, 09h02.

Última atualização em 30 de maio de 2019 às, 15h29.

São Paulo — O Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços brasileiros, recuou 0,2% de janeiro a março de 2019 na comparação com o o quarto trimestre do ano passado.

O anúncio foi feito na manhã desta quinta-feira, 30, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e confirmou as previsões do mercado financeiro.

Foi o primeiro recuo trimestral da economia brasileira desde o fim da recessão em 2016, confirmando a dificuldade de manter o ritmo de retomada da atividade. Na comparação com o mesmo período de 2018, o PIB cresceu 0,5%.

O resultado final foi puxado em grande parte por quedas na Indústria (0,7%) e na agropecuária (0,5%), enquanto os serviços tiveram leve alta de 0,2%.

Dentro da indústria, o maior impacto veio de uma queda trimestral de -6,3% na indústria extrativa, de acordo com o instituto.

“O incidente de Brumadinho e o consequente estado de alerta de outros sítios de mineração afetaram todo o setor”, explica a gerente de Contas Nacionais do IBGE, Claudia Dionísio.

O consumo das famílias, responsável por cerca de 70% do PIB do lado da demanda, teve avanço de 0,3% na comparação trimestral e 1,3% em relação ao mesmo período do ano passado.

"O resultado positivo se explica pelo bom comportamento do crédito para pessoa física e da massa salarial, além de taxa de juros mais baixas que as do primeiro trimestre de 2018", afirma o IBGE em nota.

Do lado negativo, chamou a atenção uma nova queda trimestral de 1,7% no investimento, ainda que menos intensa do que o recuo de 2,4% visto no quarto trimestre de 2018.

"Resultado indica que os juros baixos não estão encontrando aderência na realidade e o otimismo empresarial com o governo não se traduz em investimentos", diz André Perfeito, economista-chefe da Necton.

A corretora mantém a projeção de avanço de 0,9% para o PIB deste ano. "Mas devemos rever para baixo o valor nos próximos dias", alerta Perfeito.

 

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