Economia

Governo prevê leiloar 22 mil áreas para exploração minerária

Com a licitação, segundo Ledsham, o governo busca atrair investimentos para as chamadas áreas em disponibilidade

Mineração: os investidores que arrematarem esses pacotes no leilão terão três anos para realizar pesquisas (Anglo American/Divulgação)

Mineração: os investidores que arrematarem esses pacotes no leilão terão três anos para realizar pesquisas (Anglo American/Divulgação)

R

Reuters

Publicado em 19 de outubro de 2016 às 21h14.

Última atualização em 20 de outubro de 2016 às 10h59.

São Paulo - O governo federal planeja leiloar no primeiro semestre do ano que vem 22 mil áreas para exploração minerária, que serão agregadas em pacotes para atrair maior interesse, sendo que 8 mil serão ofertadas ainda no primeiro trimestre, afirmou nesta quarta-feira o presidente do estatal Serviço Geológico do Brasil (CPRM), Eduardo Ledsham.

Com a licitação, segundo Ledsham, o governo busca atrair investimentos para as chamadas áreas em disponibilidade --aquelas que já tiveram algum alvará de pesquisa, mas acabaram devolvidas ao governo-- no Departamento Nacional de Pesquisa Mineral (DNPM).

Segundo o presidente do CPRM, a atual estrutura utilizada para atrair investimentos em pesquisa para áreas em disponibilidade é ineficiente e burocrática.

Agora, o leilão será possível graças a um acordo realizado entre o CPRM e o DNPM, assinado neste mês, com o objetivo de juntar informações sobre as áreas e agregar valor aos ativos.[nL2N1CC280]

"As áreas em disponibilidade já existem, a gente quer mais transparência e agilidade... a gente quer dar eficiência ao DNPM", afirmou Ledsham, em entrevista a jornalistas durante um evento no Rio de Janeiro.

Embora o fator de licitação da oferta seja bônus de assinatura, Ledsham explicou que valores mínimos serão simbólicos.

Ele não deu detalhes sobre o tamanho dessas áreas ou o tipo de minério que será explorado.

As áreas serão segmentadas em pacotes, segundo critérios geológicos, explicou.

Os investidores que arrematarem esses pacotes no leilão terão três anos para realizar pesquisas, renováveis por mais três anos.

Ledsham comentou que o CPRM tem um conjunto de informações geológicas do Brasil muito importante, que irá contribuir com o processo de agregar valor a essas áreas.

Segundo ele, entre 2010 e 2014 o CPRM realizou estudos em cerca de 95 por cento de áreas do Brasil consideradas com potencial geológico. Esses dados serão utilizados para a realização do leilão.

*Texto atualizado no dia 20/10 às 10h58 com correção no nome do presidente do CPRM.

Acompanhe tudo sobre:GovernoLeilõesMineração

Mais de Economia

BB Recebe R$ 2 Bi da Alemanha e Itália para Amazônia e reconstrução do RS

Arcabouço não estabiliza dívida e Brasil precisa ousar para melhorar fiscal, diz Ana Paula Vescovi

Benefícios tributários deveriam ser incluídos na discussão de corte de despesas, diz Felipe Salto

Um marciano perguntaria por que está se falando em crise, diz Joaquim Levy sobre quadro fiscal