Economia

Governo manterá política de redução de tributos, diz Mantega

O ministro também avaliou como positiva a redução nas taxas de juros no mercado financeiro depois do anúncio do corte de R$ 55 bilhões no Orçamento da União

Mantega: "quanto à velocidade da queda da taxa de juros só o Banco Central pode responder” (Elza Fiúza/ABr)

Mantega: "quanto à velocidade da queda da taxa de juros só o Banco Central pode responder” (Elza Fiúza/ABr)

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Da Redação

Publicado em 16 de fevereiro de 2012 às 11h55.

Brasília - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, garantiu que o governo será cada vez mais flexível na redução de tributos que estimulem os investimentos.

“Nós temos sido cada vez mais flexíveis na área fiscal. A cada ano nós temos reduzido mais os tributos. Não estou falando do IPI, mas de outros tributos que barateiam o custo da produção, do investimento. Isso vai continuar”, disse.

O ministro também avaliou como positiva a redução nas taxas de juros no mercado financeiro depois do anúncio do corte de R$ 55 bilhões no Orçamento da União. “Acho positivo porque o mercado financeiro leva a sério o nosso propósito de fazer uma política fiscal responsável e sólida. O corte que nós anunciamos é grande e mostra que a nossa trajetória vai ser perseguida, não só no ano passado, mas nos próximos”, disse.

Segundo ele, o aperto do governo abre espaço para juros menores desde que a inflação esteja sobre controle. Como todos os índices apontam para a queda da inflação, esse espaço para a redução dos juros será cada vez mais viável, indicou o ministro.

Mantega lembrou que janeiro e fevereiro, tradicionalmente, são meses que têm índices de inflação mais elevados, mas em 2012 tem sido diferente. “No ano passado, a inflação pelo IPCA [Índice de Preços ao Consumidor Amplo] foi 0,83%. Este ano, foi 0,56%. Portanto, estamos com a inflação controlada e caindo em relação ao ano passado”, destacou. Para ele, a tendência de queda da inflação propicia um crescimento da economia em “condições equilibradas”.

O ministro não quis, no entanto, fazer projeções sobre o momento exato em que a taxa de juros passará a ser de apenas um dígito. A taxa básica de juros (Selic) encontra-se em 10,5%. Segundo ele, esse tipo de projeção compete ao Banco Central. “Quanto à velocidade da queda da taxa de juros só o Banco Central pode responder.”

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