Economia

Governo mantém meta de inflação de 4,5% para 2006

O Conselho Monetário Nacional (CMN) decidiu manter a meta de 4,5% de inflação para 2006. A margem de tolerância, porém, foi reduzida em 0,5 ponto percentual, de 2,5 pontos para 2 pontos acima ou abaixo dessa meta. O anúncio foi feito pelo ministro da Fazenda, Antonio Palocci, que também compõe o CMN. Palocci informou ainda […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h05.

O Conselho Monetário Nacional (CMN) decidiu manter a meta de 4,5% de inflação para 2006. A margem de tolerância, porém, foi reduzida em 0,5 ponto percentual, de 2,5 pontos para 2 pontos acima ou abaixo dessa meta. O anúncio foi feito pelo ministro da Fazenda, Antonio Palocci, que também compõe o CMN. Palocci informou ainda que a meta de inflação para 2005 foi confirmada em 4,5%, mas com uma margem maior: 2,5 pontos percentuais.

A decisão foi bem recebida pelo mercado, cuja expectativa era de que o governo não alterasse as metas. Segundo a consultoria Global Invest, mesmo diante da recuperação econômica, uma eventual redução das metas inflacionárias poderia gerar a necessidade de se elevar os juros básicos, a fim de conter possíveis turbulências e pressões por aumento de preços.

O governo decidiu manter, também, a atual Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) em 9,75% ao ano para o período de julho a setembro. Para o economista-chefe do ABN Amro Real, Mário Mesquita, a decisão é uma clara resposta aos setores do governo que tentaram transformar o tema em um problema político. Um exemplo seria o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômicos e Social (BNDES), que aplica a TJLP em suas operações de crédito. Em março, seu presidente, Carlos Lessa, já havia enviado uma carta ao presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, propondo uma forte redução da TJLP.

Em relatório do ABN Amro Real sobre a decisão do CMN, Mesquita afirma, ainda, que "a combinação de metas realistas de inflação com uma rigorosa política fiscal podem ajudar a solvência do setor público, sendo, portanto, bem-vinda".

Com informações da Agência Brasil.

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