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Governo libera Petrobras para reajustar combustíveis

A definição do porcentual e da data do aumento não foi acertada na reunião desta terça-feira, 4, do conselho de administração da Petrobras

Gasolina: último aumento nos preços dos combustíveis dado pela Petrobras foi em 30 de novembro de 2013 (Dado Galdieri/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 4 de novembro de 2014 às 20h18.

Rio - O governo decidiu liberar a Petrobras para reajustar o preço dos combustíveis .

Mas a definição do porcentual e da data do aumento não foi acertada na reunião desta terça-feira, 4, do conselho de administração da Petrobras, que durou mais de nove horas.

Um novo encontro foi marcado para o dia 14, quando, além do reajuste, é também esperada a divulgação do balanço financeiro da estatal no terceiro trimestre.

"Reajuste de combustível não se anuncia, pratica-se", disse a presidente da Petrobras, Graça Foster, ao deixar a reunião.

No início da noite, a estatal soltou um comunicado reiterando que, até o momento, não havia definição sobre o tema.

O último aumento nos preços dos combustíveis dado pela Petrobras entrou em vigor no dia 30 de novembro de 2013, quando a gasolina foi reajustada em 4% e o óleo diesel em 8%.

A reunião de hoje ocorreu em Brasília, onde Graça Foster voltou a fazer uma longa apresentação sobre o cenário da companhia e a necessidade da empresa de elevar seus preços para recompor suas margens de lucro.

Ao longo de 2014, a estatal trabalhou a maior parte do tempo com uma defasagem de preços na casa dos 20% em relação à cotação do petróleo no mercado internacional.

O alívio veio no início de outubro, quando o valor do barril de petróleo entrou em queda livre, passando dos US$ 100 para um patamar em torno de US$ 85.

Com o movimento, a diferença entre os preços praticados no Brasil e no exterior deixou praticamente de existir, o que reduziu os custos da companhia com a importação de derivados de petróleo.

Mesmo com a recente trégua, Auro Rozembau, analista de petróleo do Bradesco, calcula que a Petrobras tenha deixado de gerar cerca de R$ 80 bilhões em receita nos últimos três anos por causa da defasagem em relação aos preços praticados no exterior.

Além disso, a valorização do dólar em relação ao real pressiona ainda mais o endividamento da estatal, que já ultrapassa R$ 300 bilhões.

A expectativa em torno de um reajuste movimentou as ações da estatal na BM&FBovespa.

Sem uma definição sobre o tema, os papéis acabaram próximos à estabilidade.

A preocupação agora é com a divulgação do resultado da estatal no terceiro trimestre, que será divulgado no dia 14, data limite para a publicação do balanço pelas regras da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

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Mas a definição do porcentual e da data do aumento não foi acertada na reunião desta terça-feira, 4, do conselho de administração da Petrobras, que durou mais de nove horas.

Um novo encontro foi marcado para o dia 14, quando, além do reajuste, é também esperada a divulgação do balanço financeiro da estatal no terceiro trimestre.

"Reajuste de combustível não se anuncia, pratica-se", disse a presidente da Petrobras, Graça Foster, ao deixar a reunião.

No início da noite, a estatal soltou um comunicado reiterando que, até o momento, não havia definição sobre o tema.

O último aumento nos preços dos combustíveis dado pela Petrobras entrou em vigor no dia 30 de novembro de 2013, quando a gasolina foi reajustada em 4% e o óleo diesel em 8%.

A reunião de hoje ocorreu em Brasília, onde Graça Foster voltou a fazer uma longa apresentação sobre o cenário da companhia e a necessidade da empresa de elevar seus preços para recompor suas margens de lucro.

Ao longo de 2014, a estatal trabalhou a maior parte do tempo com uma defasagem de preços na casa dos 20% em relação à cotação do petróleo no mercado internacional.

O alívio veio no início de outubro, quando o valor do barril de petróleo entrou em queda livre, passando dos US$ 100 para um patamar em torno de US$ 85.

Com o movimento, a diferença entre os preços praticados no Brasil e no exterior deixou praticamente de existir, o que reduziu os custos da companhia com a importação de derivados de petróleo.

Mesmo com a recente trégua, Auro Rozembau, analista de petróleo do Bradesco, calcula que a Petrobras tenha deixado de gerar cerca de R$ 80 bilhões em receita nos últimos três anos por causa da defasagem em relação aos preços praticados no exterior.

Além disso, a valorização do dólar em relação ao real pressiona ainda mais o endividamento da estatal, que já ultrapassa R$ 300 bilhões.

A expectativa em torno de um reajuste movimentou as ações da estatal na BM&FBovespa.

Sem uma definição sobre o tema, os papéis acabaram próximos à estabilidade.

A preocupação agora é com a divulgação do resultado da estatal no terceiro trimestre, que será divulgado no dia 14, data limite para a publicação do balanço pelas regras da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

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