Governo lança programa de crédito para alavancar R$23 bi em financiamentos
O programa é uma iniciativa da Secretaria de Produtividade e Competitividade (Sepec) do Ministério da Economia
Estadão Conteúdo
Publicado em 25 de abril de 2022 às 13h29.
Última atualização em 25 de abril de 2022 às 13h33.
Sem desembolsos adicionais do Tesouro Nacional, o governo lançou nesta segunda-feira o Programa Crédito Brasil Empreendedor para alavancar R$ 23 bilhões em financiamentos com recursos de Fundos Garantidores.
O presidente da República, Jair Bolsonaro, editou medida provisória que altera regras do Fundo Garantidor de Habitação Popular (FGHab), Fundos Garantidores de Risco de Crédito para Micro, Pequenas e Médias Empresas e do Programa Emergencial de Acesso a Crédito (Peac). A MP 1.114/22 foi publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira, 25.
O programa é uma iniciativa da Secretaria de Produtividade e Competitividade (Sepec) do Ministério da Economia. A liberação total de crédito deve ser de até R$ 21 bilhões pelo Programa Emergencial de Acesso a Crédito Fundo Garantidor para Investimentos (Peac-FGI), além de outros R$ 2 bilhões por meio do FGHab. Além disso, as operações contratadas no âmbito do Programa Casa Verde e Amarela poderão contar com a cobertura do Fundo Garantidor de Habitação Popular.
"São recursos que estavam parados nos bancos. O Tesouro não terá desembolso. Com as medidas, o crédito foi ampliado e atinge um leque maior de empreendedores. Estamos democratizando o acesso das MPEs ao crédito em condições antes disponíveis apenas para empresas maiores", avaliou, em nota, a secretaria especial de Produtividade e Competitividade, Daniella Marques.
Como aprovado pelo Congresso neste mês, os recursos do Pronampe poderão ser utilizados para novos empréstimos até dezembro de 2024. A estimativa é de que sejam contratados R$ 14 bilhões em novos financiamentos pelo programa apenas neste ano.
A Economia lembra que no fim de março um decreto presidencial isentou os financiamentos do Peac, PEC e Pronampe do pagamento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) até o fim de 2023.
"A expectativa é que, com o Crédito Brasil Empreendedor, o Pronampe movimente em torno de R$ 50 bilhões em créditos junto aos bancos. A maior parte do dinheiro a ser movimentado por todas essas medidas do programa será dos bancos. Hoje, a principal dificuldade dos empreendedores para terem acesso ao crédito é a falta de garantias. O governo federal bancará essas garantias como forma de destravar a liquidez dos bancos para que mais empreendedores tenham acesso ao crédito", destacou o Ministério da Economia.
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