Economia

Governo federal tem meta de desinvestimentos de R$ 150 bilhões em 2020

O valor anunciado pelo secretário Salim Mattar inclui a venda de ativos e o processo tem como foco, este ano, as empresas do grupo Eletrobras

Salim Mattar: secretário de Desestatização do ministério da Economia falou sobre planos do governo no setor para 2020 (Amanda Perobelli/Reuters)

Salim Mattar: secretário de Desestatização do ministério da Economia falou sobre planos do governo no setor para 2020 (Amanda Perobelli/Reuters)

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Reuters

Publicado em 14 de janeiro de 2020 às 17h49.

Última atualização em 14 de janeiro de 2020 às 18h00.

Brasília - O governo federal quer elevar em cerca de 42% a arrecadação com desinvestimentos e venda de ativos em 2020, a 150 bilhões de reais, afirmou nesta terça-feira o secretário especial de Desestatização do ministério da Economia, Salim Mattar.

O foco deste ano serão as empresas do grupo Eletrobras, afirmou Mattar em entrevista a jornalistas.

Em 2019, o governo arrecadou 51,4 bilhões de reais com desestatizações e 54 bilhões com desinvestimentos. As empresas vendidas ou que tiveram participação vendida pela União incluíram IRB Brasil, Embraer e Vale.

Dentre os planos da equipe econômica do governo de Jair Bolsonaro, está a redução do número de empresas nas quais a União possui participação para 300 ao fim deste ano, ante 624 no final de 2019. Esse número inclui tanto empresas controladas pelo Estado, como companhias subsidiárias, coligadas e empresas nas quais o Tesouro tem simples participação.

"Nós pretendemos vender 150 bilhões de reais em ativos do governo, sendo, aproximadamente, 300 empresas, e neste momento, estamos elaborando um 'fast track', praticamente pronto, que estuda a hora correta para entrar no Congresso", disse Mattar.

Ele explicou que o mecanismo seria levado por meio de um projeto de lei que tem como propósito acelerar as aprovações do Congresso para os desinvestimentos. "A meta depende do fast track passar", disse Mattar.

Correios

Mattar também citou como certa a privatização dos Correios, mas descartou a possibilidade do negócio ser feito neste ano. A empresa já está inserida no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI).

"(A privatização dos Correios) é mais para 2021, fim de 2021, do que 2020, que, garantidamente, não será", disse o secretário.

Apesar de não adiantar a modelagem pela qual será feita o processo de venda dos Correios, Salim afirmou que uma consultoria está sendo contratada para avaliar todas as alternativas.

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