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Governo economizou 54% com TáxiGov, diz Planejamento

O sistema para transporte de servidores e documentos foi apelidado de "Uber do governo" e funciona em fase piloto em seis órgãos

TáxiGov: o modelo, que opera com o auxílio de um aplicativo, substitui esquemas como a locação e a compra de frota própria de veículos (Ministério do Planejamento/Divulgação)
AB

Agência Brasil

Publicado em 26 de abril de 2017 às 17h01.

O TáxiGov, novo sistema do governo federal para transporte de servidores e documentos, proporcionou economia média de 54% em relação ao modelo anterior, em 72 dias de funcionamento.

O número foi divulgado hoje (26) pelo secretário de Gestão do Ministério do Planejamento, Gleisson Rubin.

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O sistema atualmente funciona em fase piloto em seis órgãos.

O modelo, que opera com o auxílio de um aplicativo - e por isso foi apelidado de "Uber do governo" - substitui esquemas como a locação e a compra de frota própria de veículos.

Segundo Rubin, atualmente ele está em uso nos ministérios do Planejamento; da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações; da Transparência, Fiscalização e Controladoria Geral da União; do Desenvolvimento Social e Agrário e na Advocacia-Geral da União (AGU). A expectativa é que a partir de dezembro o sistema seja estendido aos demais órgãos.

"Estamos respeitando a vigência dos contratos de locação, para que o governo não assuma nenhum custo com rescisões. Até dezembro todos vencem e já houve uma portaria vedando a renovação [dos contratos], além de outra decisão vedando a aquisição de veículos. Os órgãos terão que migrar para o novo modelo", afirmou o secretário de Gestão.

Energia elétrica

Rubin fez o balanço do TáxiGov em entrevista para divulgar o Boletim de Custeio Administrativo do governo.

Segundo o documento, os custos com a rubrica combustíveis e lubrificantes, por exemplo, caíram 45,2% no primeiro trimestre deste ano ante igual período de 2016, o que pode ter sido influenciado pela adoção do novo modelo de transporte pelos órgãos federais.

Ainda de acordo com o boletim, houve queda de 32,8% das despesas com água e energia elétrica.

Rubin atribuiu esse recuo em relação a 2016 principalmente ao regime de chuvas, que permitiu bandeira verde na conta de energia nos meses de janeiro e fevereiro e amarela em março.

A bandeira verde representa ausência de sobretaxa por escassez de energia. A tarifa extra aumenta progressivamente na bandeira amarela e na vermelha.

"No ano passado, tivemos janeiro e fevereiro com bandeira vermelha e março com amarela. Este ano, foi janeiro e fevereiro verde e março amarelo. Dois meses sem nenhuma sobretarifa para o consumo representam o principal motivo para essa redução. Além disso, em 2016 [o gasto com energia] foi mais alto e agora a gente volta a um comportamento regular", destacou o secretário.

Energia de geradoras

A redução ainda não tem influência do novo modelo que o governo pretende adotar, com a compra de energia elétrica no mercado livre, ou seja, diretamente das geradoras.

O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, anunciou em fevereiro a realização de estudos para a migração de sistema de compras.

De acordo com Rubin, no início desta semana uma empresa de consultoria - a Prime Energy Consultoria e Comércio de Energia Ltda. - foi anunciada a vencedora de um pregão e orientará o governo na migração para o mercado livre.

O valor do contrato deve ser de R$ 7,9 mil.

"A intenção é que todos [os órgãos] migrem para esse modelo até o final de outubro. Serão 30 dias para estudos, mais cinco meses de preparação para a licitação para compra de energia. A expectativa é economia de 20%", afirmou Rubin.

Ele disse também que a mudança não deve afetar a Companhia Energética de Brasília (CEB), que fornece energia para o governo federal e do Distrito Federal (DF).

"Uma coisa é o fornecimento, outra é a distribuição [de energia], que continuará com a concessionária local. Além disso, o gasto do poder público, nosso e do governo do DF, representa menos de 2% da receita operacional da CEB", declarou o secretário de Gestão.

Diárias e passagens

Ainda de acordo com o Boletim de Custeio Administrativo relativo ao primeiro trimestre, os gastos do governo com diárias e passagens cresceram 6,6% em relação aos três primeiros meses de 2016.

Segundo Rubin, problemas recentes relativos à segurança pública motivaram o aumento.

"Houve a crise sistema penitenciário em janeiro [no Rio Grande do Norte] e a crise de segurança pública no Espírito Santo. Sempre que há um deslocamento em grande escala, há um impacto no custo com passagens. No ano passado, já havia acontecido em razão das Olimpíadas e da Paralimpíada", disse o secretário.

Ele destacou que o novo modelo adotado pelo governo, de comprar passagens direto das companhias aéreas, tem contribuído para gastos menores na área.

O Boletim de Custeio Administrativo, divulgado periodicamente pelo Ministério do Planejamento, mostrou redução real de 10,2% do total das despesas com manutenção da máquina pública no ano de 2016.

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