Economia

Governo amplia em R$ 10 bi linha para capital de giro

Aumento vai para a linha de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social

As grandes empresas também poderão, a partir de agora, acessar essa linha do BNDES (Roberto Stuckert Filho/Presidência da República)

As grandes empresas também poderão, a partir de agora, acessar essa linha do BNDES (Roberto Stuckert Filho/Presidência da República)

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Da Redação

Publicado em 3 de abril de 2012 às 13h37.

Brasília - O governo turbinou em mais R$ 10 bilhões a linha de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) destinada ao financiamento de capital de giro das empresas. Os recursos do Programa de Apoio ao Fortalecimento da Capacidade de Geração de Emprego e Renda (Progeren) subiram de R$ 5 bilhões para R$ 10 bilhões. O governo também barateou as taxas de juros, que caíram do patamar de 10,5% e 13% para 9% a 11,5%.

As grandes empresas também poderão, a partir de agora, acessar a linha. Até agora, apenas empresas com receita operacional bruta de até R$ 300 milhões tinham acesso. Os setores beneficiados são bens de capital, produtos têxteis, vestuário, couro e artefatos de couro, materiais para uso médico-odontológico, informática, materiais eletrônicos e de comunicações, brinquedos e jogos, móveis, artefatos de madeira, peças e acessórios para veículos e transformados de plástico.

Defesa comercial

A presidente da República, Dilma Rousseff, disse que o país viveu no passado recente um "momento estarrecedor" de importações de automóveis. Isso ocorreu, segundo ela, porque o país é o quarto maior mercado consumidor do mundo. "Isso, por si só, não seria ruim, mas o crescimento extraordinário (das importações) e a tentativa de canibalização do mercado são", comentou durante evento no Palácio do Planalto.

A presidente enfatizou que a ideia do governo é focar o mercado doméstico de produção de automóveis no conteúdo nacional, em inovações e na qualificação dos trabalhadores, para transformar o Brasil de quarto mercado consumidor para grande produtor de conhecimento.

"A nossa preocupação com a criação de um regime automotivo não é protecionismo, é defesa comercial, que é radicalmente diferente",disse. "Estamos ampliando e aprimorando vários regimes especiais de tributação, que estão todos voltados para o mesmo propósito: desonerar a produção e diminuir o custo para quem investe e gera empregos", continuou.

Câmbio

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o real vai se desvalorizar e contribuir para aumentar a competitividade das exportações brasileiras. Disse ainda que o governo vai tomar medidas complementares no câmbio, mas que não poderia antecipar quais seriam.

Voltou a dizer que o mercado de trabalho no mundo sofreu com o impacto da crise internacional e que, por isso, o governo brasileiro está adotando uma medida que vai ajudar, e não prejudicar, os trabalhadores, como a desoneração da folha de pagamento.

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