Economia

Goldman prevê retração de 35% para economias avançadas no 2º tri

É quatro vezes mais que o recorde anterior de 2008, durante a crise financeira, e ninguém sabe qual será a velocidade de recuperação

Painel com referência ao Coronavírus em Londres, no Reino Unido (John Sibley/Reuters)

Painel com referência ao Coronavírus em Londres, no Reino Unido (John Sibley/Reuters)

João Pedro Caleiro

João Pedro Caleiro

Publicado em 14 de abril de 2020 às 12h03.

Última atualização em 14 de abril de 2020 às 12h12.

As economias avançadas devem encolher cerca de 35% neste trimestre em relação aos três meses anteriores, quatro vezes mais que o recorde anterior de 2008 durante a crise financeira, segundo dados anualizados do Goldman Sachs.

A velocidade da recuperação das economias é uma questão em aberto, porque ninguém sabe com que rapidez as pessoas poderão voltar ao trabalho, disse o economista Jan Hatzius, de Nova York, em relatório de 13 de abril.

O número de novos casos de vírus parece estar atingindo o pico globalmente, mas a má notícia é que “a melhora é provavelmente consequência direta do distanciamento social e da queda da atividade econômica, e poderia ser revertida rapidamente se as pessoas voltarem ao trabalho”, disse Hatzius.

No geral, governos no mundo todo reagiram com uma resposta impressionante para tentar garantir a renda de consumidores e manter o crédito fluindo para que famílias e empresas possam sobreviver.

No entanto, o economista destaca que a Europa deve fazer mais, e nações ricas precisarão ajudar países em desenvolvimento, escreveu.

“A resposta da Europa precisa ser ampliada por meio de uma maior flexibilização fiscal (e idealmente com financiamento central) e um compromisso mais incondicional de fazer ‘o que for preciso’ para a integridade da zona do euro”, escreveu Hatzius. “Economias emergentes precisarão de muito mais ajuda do mundo rico” para enfrentar a crise.

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