Combustíveis: Para equiparar com os preços externos, a estatal teria que aumentar em média o valor de venda nas refinarias em R$ 0,19 e R$ 0,25 o litro, respectivamente (Marcos Santos/Agência USP)
Estadão Conteúdo
Publicado em 13 de janeiro de 2022 às 10h48.
Última atualização em 13 de janeiro de 2022 às 10h49.
Apesar dos reajustes da gasolina e do diesel realizados nesta quarta-feira, 12, pela Petrobras, os preços continuam defasados no mercado interno e impedem as importações dos derivados, informa a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom). De acordo com a entidade, a gasolina está, em média, 6% abaixo do preço praticado no mercado internacional, e o óleo diesel, 7%. Para equiparar com os preços externos, a estatal teria que aumentar em média o valor de venda nas refinarias em R$ 0,19 e R$ 0,25 o litro, respectivamente.
A Ativa Investimentos também informou ontem que ainda há espaço para a Petrobras aumentar o preço da gasolina em mais 5% (cerca de R$ 0,15), mesmo após o anúncio da última revisão de preço.
A Petrobras reajustou na quarta-feira a gasolina em 4,8% e o diesel em 8%, após o preço do petróleo dar indicações de que deve se manter em patamar alto, em torno dos US$ 80 o barril. Por volta das 9h30 desta quinta-feira, os contratos da commodity para março eram negociados a R$ 84,59 o barril.
A estatal afirma que mantém a paridade com os preços de importação (PPI), mas que só reajusta os preços quando há mudança estrutural e não conjuntural.