Futebol bom e economia medíocre é o que o Citi espera da AL
Perspectivas do banco para o crescimento sustentável da região no médio prazo são “sombrias”, segundo relatório
Da Redação
Publicado em 24 de dezembro de 2013 às 11h01.
São Paulo – "O futebol será bom, o ambiente exuberante, muitos gols e, esperemos, um campeão latino (...). Mas, infelizmente, a expectativa é de um desempenho econômico medíocre na América Latina , na melhor das hipóteses”. É com tal afirmação que o Citi começa seu relatório sobre as perspectivas para a região em 2014. O relatório, assinado por Guillermo Mondino e equipe, é de 17 de dezembro.
De acordo com o Citi, o crescimento da região parece afetado por forças estruturais e cíclicas, em casa e no exterior. “As autoridades econômicas carecem de instrumentos para induzir umarecuperação e, com a exceção do México, poucos parecem particularmente entusiasmados com o caminho das reformas estruturais”, afirma o relatório.
O crescimento na região continua elusivo, embora 2014 pareça um ano de retorno modesto ao mediano, segundo o Citi. Para o banco, o recorde histórico da América Latina na última década tem sido “decepcionante”, com o crescimento do PIB explicado, principalmente, pelo nível de emprego. Sem a repetição do fortalecimento do mercado de trabalho, resta aos países buscar outras formas de crescimento, como a acumulação de capital e os ganhos de produtividade.
As perspectivas do banco para o crescimento sustentável no médio prazo são “sombrias”. Os motivos para o desânimo: a ausência de reformas estruturais na maioria dos países, o nível baixo da poupança doméstica e os déficits significativos de conta corrente que limitam os investimentos.
O Índice de vulnerabilidade do Citi mostra que o Brasil é um dos mais países mais frágeis a um choque externo potencial, dentre os demais da região. A Colômbia, o Chile, o Peru e o México parecem mais firmes, mas ainda tendem a ocupar posições do meio à metade superior do pacote.
Juros
O Citi espera que a política monetária seja mais flexível no Chile e no Peru, com algum aperto adicional no Brasil. A flexibilização no Chile e no Peru é esperada pelo banco já para o primeiro trimestre do próximo ano. Inversamente, o Citi espera altas dos juros no Brasil e na Colômbia e projeta que o México continue em ritmo de espera em 2014.
O Citi projeta que a política fiscal venha a ser ainda mais expansionista em 2014.O banco acredita que o crescimento lento na região fez pouco para ajudar a fortalecer o compromisso das autoridades econômicas com a disciplina orçamentária - com exceção do Peru, todos os demais países da América Latina têm déficits.
O Citi alerta que as reservas internacionais estão despencando na Argentina e na Venezuela. “Não é coincidência que esses dois países estejam sofrendo tal drenagem de reservas externas, já que ambos têm desequilíbrios semelhantes: déficits fiscais financiados pela rápida impressão de moeda”, afirma o relatório.
São Paulo – "O futebol será bom, o ambiente exuberante, muitos gols e, esperemos, um campeão latino (...). Mas, infelizmente, a expectativa é de um desempenho econômico medíocre na América Latina , na melhor das hipóteses”. É com tal afirmação que o Citi começa seu relatório sobre as perspectivas para a região em 2014. O relatório, assinado por Guillermo Mondino e equipe, é de 17 de dezembro.
De acordo com o Citi, o crescimento da região parece afetado por forças estruturais e cíclicas, em casa e no exterior. “As autoridades econômicas carecem de instrumentos para induzir umarecuperação e, com a exceção do México, poucos parecem particularmente entusiasmados com o caminho das reformas estruturais”, afirma o relatório.
O crescimento na região continua elusivo, embora 2014 pareça um ano de retorno modesto ao mediano, segundo o Citi. Para o banco, o recorde histórico da América Latina na última década tem sido “decepcionante”, com o crescimento do PIB explicado, principalmente, pelo nível de emprego. Sem a repetição do fortalecimento do mercado de trabalho, resta aos países buscar outras formas de crescimento, como a acumulação de capital e os ganhos de produtividade.
As perspectivas do banco para o crescimento sustentável no médio prazo são “sombrias”. Os motivos para o desânimo: a ausência de reformas estruturais na maioria dos países, o nível baixo da poupança doméstica e os déficits significativos de conta corrente que limitam os investimentos.
O Índice de vulnerabilidade do Citi mostra que o Brasil é um dos mais países mais frágeis a um choque externo potencial, dentre os demais da região. A Colômbia, o Chile, o Peru e o México parecem mais firmes, mas ainda tendem a ocupar posições do meio à metade superior do pacote.
Juros
O Citi espera que a política monetária seja mais flexível no Chile e no Peru, com algum aperto adicional no Brasil. A flexibilização no Chile e no Peru é esperada pelo banco já para o primeiro trimestre do próximo ano. Inversamente, o Citi espera altas dos juros no Brasil e na Colômbia e projeta que o México continue em ritmo de espera em 2014.
O Citi projeta que a política fiscal venha a ser ainda mais expansionista em 2014.O banco acredita que o crescimento lento na região fez pouco para ajudar a fortalecer o compromisso das autoridades econômicas com a disciplina orçamentária - com exceção do Peru, todos os demais países da América Latina têm déficits.
O Citi alerta que as reservas internacionais estão despencando na Argentina e na Venezuela. “Não é coincidência que esses dois países estejam sofrendo tal drenagem de reservas externas, já que ambos têm desequilíbrios semelhantes: déficits fiscais financiados pela rápida impressão de moeda”, afirma o relatório.