Economia

Freada de emergentes dificulta erradicação de pobreza

Entre 2012 e 2015, teriam saído da extrema pobreza no mundo 200 milhões de pessoas, de acordo com o BM


	Presidente do Banco Mundial (BM), Jim Yong Kim: "estamos no meio de um período de baixo crescimento global, o final do superciclo das matérias-primas, a iminente alta das taxas de juros"
 (NICHOLAS KAMM/AFP)

Presidente do Banco Mundial (BM), Jim Yong Kim: "estamos no meio de um período de baixo crescimento global, o final do superciclo das matérias-primas, a iminente alta das taxas de juros" (NICHOLAS KAMM/AFP)

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Da Redação

Publicado em 8 de outubro de 2015 às 14h33.

Lima - O presidente do Banco Mundial (BM), Jim Yong Kim, advertiu nesta quinta-feira que apesar dos progressos em matéria de redução da pobreza extrema até 2030, sua erradicação será "muito difícil" tendo em vista "o baixo crescimento global, iminente altas de taxas de juros e contínua saída de capital dos países em desenvolvimento".

No marco da Assembleia Anual do organismo e do Fundo Monetário Internacional (FMI), realizado esta semana em Lima, o BM divulgou seus novos números de pobreza global, que mostraram que pela primeira vez na história tinha caído abaixo de 10% da população total, até 700 milhões de pessoas.

Entre 2012 e 2015, teriam saído da extrema pobreza no mundo 200 milhões de pessoas, de acordo com o BM.

"Embora continuemos confiantes que poderemos erradicar a pobreza extrema até 2030, a última parte será muito difícil porque estamos no meio de um período de baixo crescimento global, o final do superciclo das matérias-primas, a iminente alta das taxas de juros, e a contínua saída de capital dos emergentes", assinalou Kim em assessoria de imprensa em Lima.

Concretamente, ressaltou que a recessão na América Latina, que se prevê que feche 2015 com uma contração de 0,3%, representa "uma ameaça para os batalhados lucros sociais" alcançados após a próspera década passada.

Para Kim, a solução passa "por se adaptar", pelo que a América Latina "deverá aumentar sua produtividade, melhorar o acesso à educação de qualidade, e assegurar que o estado é mais eficaz na hora de oferecer serviços sociais".

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