Economia

Focus vê inflação menor e maior crescimento do PIB em 2017 e 2018

As expectativas para a alta do IPCA neste ano recuaram a 2,83%, ainda mais abaixo da meta oficial do governo

BC: projeção para a taxa básica de juros Selic no final de 2018 continua sendo de 7% (Gustavo Gomes/Bloomberg)

BC: projeção para a taxa básica de juros Selic no final de 2018 continua sendo de 7% (Gustavo Gomes/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 18 de dezembro de 2017 às 09h25.

São Paulo - O mercado passou a ver inflação menor e crescimento econômico maior em 2017 e em 2018, em meio ao ciclo de afrouxamento monetário que já levou a taxa básica de juros à mínima histórica, mostrou a pesquisa Focus do Banco Central nesta segunda-feira.

As expectativas para a alta do IPCA neste ano recuaram a 2,83 por cento, sobre 2,88 por cento, ainda mais abaixo da meta oficial do governo, enquanto que para 2018 passaram a 4 por cento, sobre 4,02 por cento no levantamento anterior.

A meta de inflação para ambos os anos é de 4,5 por cento com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual.

O Focus mostrou ainda que a projeção para a taxa básica de juros Selic no final de 2018 continua sendo de 7 por cento, após redução de 0,25 ponto percentual em fevereiro e elevação na mesma proporção em dezembro.

Depois de cortar a Selic em 0,5 ponto percentual, para a mínima histórica de 7 por cento ao ano, o BC informou na ata do encontro que mantém sua "liberdade de ação" para decidir os próximos passos da política monetária daqui para frente.

Entretanto, ressaltou que suas decisões serão tomadas com "cautela", mantendo o caminho pavimentado para novo corte, porém menor, da taxa básica de juros no início de 2018.

O grupo dos que mais acertam as previsões, o chamado Top-5, mantiveram as contas de que a taxa básica de juros fechará 2018 a 6,50 por cento.

O Focus mostrou ainda que as expectativas para expansão do Produto Interno Bruto (PIB) cresceram a 0,96 por cento para 2017 e a 2,64 por cento em 2018.

O PIB brasileiro cresceu 0,1 por cento no terceiro trimestre sobre o período anterior, sendo que o destaque foi o melhor desempenho em quatro anos dos investimentos, uma vez que a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) cresceu 1,6 por cento no período.

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