Economia

FMI prevê recuperação gradual da zona do euro até 2024

Economia apoiada por demanda externa e relaxamento das restrições, mas FMI enfatiza necessidade de política monetária restritiva

FMI projeta retomada gradual na zona do euro até 2024 (Jonathan Raa/NurPhoto/Getty Images)

FMI projeta retomada gradual na zona do euro até 2024 (Jonathan Raa/NurPhoto/Getty Images)

Estadão Conteúdo
Estadão Conteúdo

Agência de notícias

Publicado em 19 de julho de 2023 às 18h20.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) espera que a economia da zona do euro se recupere "gradualmente" ao longo de 2023 e 2024, apoiada pelo relaxamento das restrições do lado da oferta e por uma demanda externa mais firme, mesmo que as condições continuem a apertar. Entretanto, diretores executivos do FMI observaram a necessidade de manter uma política monetária restritiva, com a maioria dos integrantes enfatizando a necessidade de mais aperto monetário.

A afirmação está em comunicado divulgado nesta quarta-feira, 19, que indica resultados sobre as conclusões de missão no país, no âmbito do Artigo IV das regras do Fundo.

Inflação vai desacelerar?

Segundo o relatório, a perspectiva é de que a inflação siga desacelerando, seguindo o aperto das condições financeiras, que deverão restringir a demanda, e o término de choques de oferta. Entretanto, a taxa deverá permanecer elevada por um "período prolongado". Ainda, a recomendação dos diretores executivos é que uma postura fiscal mais rígida ajudaria a conter as pressões inflacionárias.

O FMI ainda destaca que a incerteza em torno das perspectivas é alta, o que inclui possibilidade de um aperto de crédito, aumento da aversão ao risco, fraqueza da demanda externa e novos choques por uma escalada da guerra da Ucrânia. Ainda, "uma inflação mais persistente, inclusive devido ao forte crescimento dos salários, exigiria uma política rígida por mais tempo, pesando sobre a demanda doméstica". Por outro lado, a economia pode se mostrar mais resiliente do que o esperado.

Acompanhe tudo sobre:Zona do EuroFMI

Mais de Economia

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta

Queda estrutural de juros depende de ‘choques positivos’ na política fiscal, afirma Campos Neto

Redução da jornada de trabalho para 4x3 pode custar R$ 115 bilhões ao ano à indústria, diz estudo