Economia

FMI lança nova forma de apoio a países sem emprestar dinheiro

O novo instrumento vai endossar reformas econômicas empreendidas pelos governos a fim de conseguirem financiamento de outras fontes

FMI: com o aval do FMI, os governos poderiam ter acesso a recursos de bancos ou dos mercados (Yuri Gripas/Reuters)

FMI: com o aval do FMI, os governos poderiam ter acesso a recursos de bancos ou dos mercados (Yuri Gripas/Reuters)

A

AFP

Publicado em 26 de julho de 2017 às 17h21.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou, nesta quarta-feira, que vai criar uma nova forma de assistência a governos em crise, mas sem conceder empréstimos.

Em vez de emprestar dinheiro, o novo instrumento vai endossar reformas econômicas empreendidas pelos governos a fim de conseguirem financiamento de outras fontes, oficiais ou privadas.

Com o aval do FMI, os governos poderiam ter acesso a recursos de bancos ou dos mercados, disse a entidade em um comunicado.

O novo mecanismo foi chamado de Instrumento de Coordenação Política (Policy Coordination Instrument, em inglês) e todo país que não estiver em dívida com o FMI poderá usá-lo.

Em vez de oferecer créditos condicionados a um programa de reformas econômicas e financeiras, o FMI vai levar em conta as políticas gerais do país que solicitar essa nova forma de assistência.

Contudo, o órgão destacou que "as políticas necessárias para que esse instrumento devem se ajustar ao mesmo nível requerido para os empréstimos regulares do FMI".

Missões do FMI fazem revisões periódicas, geralmente semestrais, nos países assistidos, mas, com o novo mecanismo, o programa de supervisão poderia ser mais flexível, bem como sua duração.

Na semana passada, o FMI aplicou uma ferramenta inusual na Grécia, aprovando um empréstimo, mas retendo o dinheiro até que o país receba um alívio significativo da dívida com os sócios da zona do euro.

Mesmo que não sejam rigorosamente iguais, o efeito dos mecanismos é similar: permitir que a Grécia volte ao mercados, ofereça bônus da dívida por 3,5 bilhões de dólares e remova obstáculos de suas negociações com a zona do euro.

Acompanhe tudo sobre:DívidasEmpréstimosFMIGoverno

Mais de Economia

FMI reduz previsão de crescimento do PIB dos EUA

Lula diz que Galípolo ‘tem condição’ de presidir BC, mas que decisão será feita com o Senado

Brasil tem queda de 23 mil novos postos de trabalho em relação ao ano passado, após enchentes do RS

Haddad diz que taxação de compras em sites como Shein e AliExpress começa a valer em agosto

Mais na Exame