FMI: incerteza e commodities freiam América Latina em 2017
Em seu último Panorama Econômico Mundial, o FMI reduziu sua expectativa para a região em 0,1 ponto percentual em relação à previsão de janeiro
AFP
Publicado em 18 de abril de 2017 às 11h05.
O Fundo Monetário Internacional ( FMI ) revisou nesta terça-feira em baixa a sua previsão de crescimento na América Latina e Caribe em 2017, ante uma recuperação menos vigorosa do que esperada em razão das incertezas persistentes e a estagnação das matérias-primas.
Em seu último Panorama Econômico Mundial, o FMI reduziu sua expectativa para a região em 0,1 ponto percentual, a 1,1%, em relação à previsão de janeiro deste ano.
Para 2018, o FMI prevê um crescimento de 2%, também com redução de 0,1 ponto percentual sobre janeiro.
De acordo com o documento, as economias latino-americanas vão experimentar uma "recuperação mais fraca do que a esperada" e encaram 2017 expostas a riscos que minam sua capacidade de crescimento.
Nos últimos anos, as economias sul-americanas beneficiaram, de maneira geral, de um forte crescimento das exportações de matérias-primas, enquanto que as da América Central e México aproveitaram do dinamismo americano.
No entanto, Maurice Obstfeld, diretor do Departamento de Pesquisas do FMI, aponta que "os preços das commodities se estabilizaram desde o início de 2016, mas em um nível baixo".
Ao mesmo tempo, as economias da América Central e México são afetadas pelas incertezas quanto ao futuro das relações comerciais com os Estados Unidos.
Para o FMI, a maior economia da América Latina, o Brasil, deve fechar este ano com um crescimento tímido de 0,2%, uma previsão inalterada em relação ao que expressou em janeiro.
Enquanto isso, para o FMI, a Venezuela vai fechar o ano com uma queda de -7,4%.