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FMI eleva previsão de crescimento dos EUA em 2017 e 2018

O FMI alertou que, nos próximos anos, a expansão pode ser mais lenta se as incertezas, sobretudo em matéria fiscal, não forem resolvidas

EUA: em 2018, a economia americana deve se expandir ainda mais, a 2,3% (Carlo Allegri/Reuters)
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AFP

Publicado em 10 de outubro de 2017 às 15h43.

O Fundo Monetário Internacional ( FMI ) elevou, nesta terça-feira (10), sua previsão de crescimento para os Estados Unidos em 2017 e 2018, mas alertou que, nos próximos anos, a expansão pode ser mais lenta se as incertezas, sobretudo em matéria fiscal, não forem resolvidas.

Em seu novo Panorama Econômico Mundial, o FMI projetou um crescimento de 2,2% para este ano, 0,1 ponto percentual a mais que na previsão de julho, por causa da forte confiança do mercado interno.

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Em 2018, a economia americana deve se expandir ainda mais, a 2,3%, o que representa um reajuste de 0,2 ponto percentual sobre a estimativa de julho.

De acordo com o FMI, esses números se baseiam parcialmente em uma clara recuperação no setor energético, no maior nível de gastos dos consumidores e em fortes investimentos registrados na primeira metade do ano.

Contudo, o organismo financeiro internacional apontou que será difícil para os Estados Unidos manterem esse ritmo de crescimento, a menos que se adotem algumas reformas para estimular a economia.

"Olhando para um horizonte de mais longo prazo, o crescimento da economia americana tenderá à moderação", indicou o FMI. O órgão acrescentou que as estimativas atuais pressupõem que não haverá mudanças na política fiscal.

Nas previsões publicada em abril deste ano - quando chegou a estimar crescimento de 2,5% para 2018 -, os técnicos da entidade tinham assumido que o governo Trump não teria grandes dificuldade de aprovar uma nova legislação fiscal.

Incerteza fiscal

Contudo, o FMI agora menciona que os Estados Unidos enfrentam "incerteza significativa em matéria de política" e menciona que o aumento na média de idade da mão de obra empregada, bem como a redução da produtividade, poderiam atuar como freio ao crescimento da economia para além de 1,8% ao ano.

Quando Trump chegou à Casa Branca, no começo deste ano, ele prometeu criar 25 milhões de novos empregos em uma década e fazer a economia americana crescer a 3% ao ano, por meio de uma redução generalizada de impostos, eliminação de regulamentações e investimentos pesados em infraestrutura.

Em agosto, líderes da Casa Branca e do Partido Republicano lançaram uma proposta fiscal que inclui amplos cortes, sobretudo às grandes empresas, e eles esperam chegar a algum tipo de acordo até janeiro.

Na semana passada, a presidente do FMI, Christine Lagarde, tinha feito um pedido aos Estados Unidos para tocar urgentemente uma reforma de seu sistema fiscal, alegando que ele era "desesperadamente necessário" para impulsionar o crescimento.

Contudo, a maioria dos analistas políticos considera que as chances de aprovação desta proposta são mínimas, em parte devido à relação problemática entre o presidente e o Congresso.

Além de uma ampla reforma fiscal, o FMI apontou que a educação deve continuar sendo uma prioridade para os Estados Unidos, em especial o apoio à educação primária, mas também em programas de apoio às ciências, à tecnologia, à engenharia e à matemática.

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