Economia

FMI corta estimativas de crescimento da zona do euro por Alemanha e Itália

FMI disse que a zona do euro crescerá 1,2% este ano, revisando para baixo sua estimativa de abril de expansão de 1,3%.

Roma: país está estagnado (Andre Distel Photography/Getty Images)

Roma: país está estagnado (Andre Distel Photography/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 6 de novembro de 2019 às 10h55.

Bruxelas — O crescimento econômico da zona do euro deve desacelerar mais do que o esperado uma vez que a crise da indústria no bloco pode contaminar o setor de serviços devido às tensões comerciais globais, afirmou nesta quarta-feira o Fundo Monetário Internacional.

O FMI disse que a zona do euro crescerá 1,2% este ano, revisando para baixo sua estimativa de abril de expansão de 1,3%. Isso representa uma significativa desaceleração em relação à expansão de 1,9% do ano passado.

A economia do bloco crescerá 1,4% em 2020 e 2021, disse o FMI, reduzindo sua estimativa anterior de crescimento de 1,5% em ambos os anos.

A desaceleração se deve principalmente ao crescimento anêmico na Alemanha, maior economia da zona do euro, e estagnação na Itália, terceira maior, disse o fundo, revisando para baixo suas estimativas para os dois países.

 

Agora, a expectativa é de que a Alemanha cresça apenas 0,5% este ano, ante 0,8% previsto pelo FMI em abril.

O FMI também cortou sua estimativa de crescimento para a França, segunda maior economia do bloco, apesar de estimativas de produção melhores do que o esperado para o terceiro trimestre divulgadas na semana passada. O país deve expandir 1,2% este ano, contra 1,3% estimado antes.

Para conter a desaceleração, o fundo reiterou seu pedido de uma "resposta fiscal sincronizada" pelos governos da zona do euro, em uma clara mensagem para que a Alemanha invista mais.

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