Economia

Fluxo cambial está negativo em US$ 1,069 bilhão neste mês

O resultado negativo vem tanto do segmento financeiro, com US$ 899 milhões, quanto do comercial, com US$ 170 milhões


	Moedas sobre notas de dólar: as operações de Adiantamento sobre Contrato de Câmbio chegaram a US$ 1,985 bilhão; já os pagamentos antecipados ficaram em US$ 3,010 bilhões
 (Stephen Hilger/Bloomberg News)

Moedas sobre notas de dólar: as operações de Adiantamento sobre Contrato de Câmbio chegaram a US$ 1,985 bilhão; já os pagamentos antecipados ficaram em US$ 3,010 bilhões (Stephen Hilger/Bloomberg News)

DR

Da Redação

Publicado em 23 de agosto de 2013 às 14h57.

Brasília – O saldo da entrada e saída de dólares do país, fluxo cambial, está negativo em US$ 1,069 bilhão, neste mês, até o dia 21, informou hoje (23) o chefe do Departamento Econômico do Banco Central (BC), Tulio Maciel.

O resultado negativo vem tanto do segmento financeiro (investimentos em títulos, remessas de lucros e dividendos ao exterior e investimentos estrangeiros diretos, entre outras operações), com US$ 899 milhões, quanto do comercial (operações de câmbio relacionadas a exportações e importações), com US$ 170 milhões.

As operações de Adiantamento sobre Contrato de Câmbio chegaram a US$ 1,985 bilhão. Os pagamentos antecipados ficaram em US$ 3,010 bilhões. Esses valores estão incluídos nas exportações, que totalizaram US$ 11,981 bilhões neste mês até o dia 21. As importações ficaram em US$ 12,151 bilhões.

Em julho, o Banco Central eliminou as restrições de prazos para que os exportadores financiem pagamentos antecipados. Antes, os exportadores que quisessem antecipar o recebimento das receitas com as vendas para o exterior poderiam pegar empréstimos de até cinco anos. O BC derrubou esse limite, permitindo que financiamentos de prazos mais longos sejam concedidos. A medida ajuda a aumentar a oferta de dólares no mercado, o que pode empurrar a cotação para baixo.

Outra medida adotada pela instiuição foi retirar o depósito compulsório sobre a posição vendida de câmbio. Com a medida, os bancos deixaram de recolher à autoridade monetária parte dos valores aplicados em apostas de que o dólar vai cair.

Em julho, os bancos fecharam o mês com posição comprada (indica expectativa de alta do dólar) em US$ 1,675 bilhão. No dia 21 de agosto, essa posição também era comprada, em US$ 682 milhões.

O mercado financeiro global enfrenta turbulências por causa da perspectiva de que o Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos Estados Unidos, reduza os estímulos monetários para maior economia do planeta. Se houver redução de estímulos, o volume de moeda norte-americana em circulação cai, aumentando o preço do dólar em todo o mundo.

Acompanhe tudo sobre:Banco CentralCâmbioDólarMercado financeiroMoedas

Mais de Economia

Pix não será taxado em 2025: entenda as novas regras de monitoramento da Receita Federal

Rui Costa diz que eventos climáticos levaram inflação de 2024 para fora do teto

Em 26 anos do regime de inflação, BC descumpriu a meta em 8; carne, café e gasolina pesaram em 2024

Gasolina, café, abacate e passagens áreas: quais produtos ficaram mais caros e mais baratos em 2024