Economia

Fitch eleva nota de crédito da Argentina para 'CCC+' e dá novo impulso a Milei

Outras duas agências já haviam elevado a nota do país vizinho em resposta à decisão de eliminar o controle cambial e sucesso na obtenção de financiamento de organismos multilaterais

A agência de classificação de risco aumentou a nota de crédito da Argentina em meio a promessas de reformas de Javier Milei e mudanças no mercado cambial (Luis ROBAYO / AFP)

A agência de classificação de risco aumentou a nota de crédito da Argentina em meio a promessas de reformas de Javier Milei e mudanças no mercado cambial (Luis ROBAYO / AFP)

Agência o Globo
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Publicado em 12 de maio de 2025 às 17h19.

Última atualização em 12 de maio de 2025 às 18h14.

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A agência de classificação de risco Fitch Ratings elevou a nota de crédito da Argentina de 'CCC' para 'CCC+' em resposta à recente decisão do país de eliminar o controle cambial e ao sucesso na obtenção de financiamento de organismos multilaterais.

Com a elevação, a Fitch não atribui perspectivas a títulos soberanos que tenham notas 'CCC+' ou inferiores, refletindo uma melhoria no cenário econômico e financeiro do país.

Reformas e otimismo com o governo Milei

A mudança na nota ocorre em um contexto de otimismo, especialmente com as promessas do presidente Javier Milei de restaurar o crescimento econômico por meio de uma ampla agenda de reformas. A dívida soberana da Argentina foi uma das que mais renderam entre os mercados emergentes no ano passado, refletindo um mercado mais otimista sobre o futuro do país.

Em abril, o governo argentino suspendeu a maioria das restrições no mercado cambial como parte de um programa de US$ 20 bilhões com o Fundo Monetário Internacional (FMI).

Muitos analistas em Wall Street argumentam que, com a eliminação dos controles de capital, o país poderá reconstruir com mais facilidade suas reservas internacionais, fundamentais para sustentar a moeda local, o peso argentino, e pagar a dívida externa.

Investidores atentos às reformas de austeridade fiscal

A medida também coloca a Argentina, um país historicamente propenso a crises, em uma posição mais favorável para atrair investimento estrangeiro direto e, eventualmente, acessar novamente os mercados internacionais de dívida. No entanto, os investidores ressaltam que o sucesso dessas medidas dependerá da capacidade de Milei e sua equipe em continuar implementando uma agenda de rigorosa austeridade fiscal, enquanto impulsionam o crescimento econômico e mantêm o apoio popular, especialmente nas vésperas das eleições legislativas previstas para outubro.

A mudança na classificação da Fitch segue a elevação da nota pela Moody's Ratings, que em janeiro deste ano aumentou a nota da Argentina para 'Caa3' e alterou a perspectiva de estável para positiva. Já a S&P Global Ratings manteve sua nota em 'CCC' no início de fevereiro, mas observou melhorias no ambiente econômico do país.

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