Ajuda do governo aumenta risco do setor elétrico, diz Fitch
Para a Fitch, apesar de ser positiva para a necessidade de caixa das empresas, nova medida é outro indicador do crescente intervencionismo do governo no setor
Da Redação
Publicado em 17 de março de 2014 às 16h14.
São Paulo - As novas medidas anunciadas pelo governo brasileiro para apoiar as distribuidoras de energia elétrica são um sinal de intensificação do risco regulatório no setor energético do país e são mais uma medida heterodoxa adotada para ajudar o setor a lidar com uma situação difícil, afirmou a agência de classificação de risco Fitch .
Segundo a Fitch, apesar de ser positiva para a necessidade de caixa das empresas, essa nova medida é outro indicador do crescente intervencionismo do governo no setor que vai gerar obrigações para o governo e pressão sobre as tarifas das companhias nos próximos anos.
A injeção de capital de até R$ 21 bilhões em 2014 visa prevenir pressões sobre a liquidez nas distribuidoras e o repasse dos custos com energia por meio dos mecanismos de ajustes anuais.
A maior parte do dinheiro, R$ 8 bilhões, virá de um financiamento bancário à Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), onde é negociada diariamente a energia disponível das geradoras às Distribuidoras.
Outros R$ 4 bilhões do pacote virão dos cofres públicos - serão aportados pelo Tesouro Nacional no principal fundo setorial, a Conta de Desenvolvimento de Energia (CDE), que já havia sido financiado em R$ 9 bilhões para 2014. Finalmente, o governo vai realizar um leilão de energia nova, mais barata, no fim de abril, para ampliar a oferta às distribuidoras.
"Em 2014, o setor elétrico brasileiro estará em uma posição difícil, pois os níveis de principais reservatórios hídricos do país estão próximos aos níveis observados durante o racionamento de energia de 2001. Esta situação é agravada pelo fato de que o fim da estação das chuvas está se aproximando, em abril", afirmou a agência.
Segundo a Fitch, até janeiro de 2014, a Light, CPFL, Eletropaulo, Cemig e Copel eram as empresas com maior exposição negativa à elevação de preços à vista.
"Até essa data, as empresas tinham contas a pagar de energia no valor de R$ 127 milhões, R$ 106 milhões, R$ 83 milhões, R$ 75 milhões e R$ 74 milhões, respectivamente. Em fevereiro de 2014, a Fitch projeta que essas obrigações terão, no mínimo, dobrado para cada empresa, tendo em vista o preço médio mensal à vista de R$ 822,83/MWh é mais do que o dobro da taxa de R$ 383,67/MWh em janeiro", afirmou.
São Paulo - As novas medidas anunciadas pelo governo brasileiro para apoiar as distribuidoras de energia elétrica são um sinal de intensificação do risco regulatório no setor energético do país e são mais uma medida heterodoxa adotada para ajudar o setor a lidar com uma situação difícil, afirmou a agência de classificação de risco Fitch .
Segundo a Fitch, apesar de ser positiva para a necessidade de caixa das empresas, essa nova medida é outro indicador do crescente intervencionismo do governo no setor que vai gerar obrigações para o governo e pressão sobre as tarifas das companhias nos próximos anos.
A injeção de capital de até R$ 21 bilhões em 2014 visa prevenir pressões sobre a liquidez nas distribuidoras e o repasse dos custos com energia por meio dos mecanismos de ajustes anuais.
A maior parte do dinheiro, R$ 8 bilhões, virá de um financiamento bancário à Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), onde é negociada diariamente a energia disponível das geradoras às Distribuidoras.
Outros R$ 4 bilhões do pacote virão dos cofres públicos - serão aportados pelo Tesouro Nacional no principal fundo setorial, a Conta de Desenvolvimento de Energia (CDE), que já havia sido financiado em R$ 9 bilhões para 2014. Finalmente, o governo vai realizar um leilão de energia nova, mais barata, no fim de abril, para ampliar a oferta às distribuidoras.
"Em 2014, o setor elétrico brasileiro estará em uma posição difícil, pois os níveis de principais reservatórios hídricos do país estão próximos aos níveis observados durante o racionamento de energia de 2001. Esta situação é agravada pelo fato de que o fim da estação das chuvas está se aproximando, em abril", afirmou a agência.
Segundo a Fitch, até janeiro de 2014, a Light, CPFL, Eletropaulo, Cemig e Copel eram as empresas com maior exposição negativa à elevação de preços à vista.
"Até essa data, as empresas tinham contas a pagar de energia no valor de R$ 127 milhões, R$ 106 milhões, R$ 83 milhões, R$ 75 milhões e R$ 74 milhões, respectivamente. Em fevereiro de 2014, a Fitch projeta que essas obrigações terão, no mínimo, dobrado para cada empresa, tendo em vista o preço médio mensal à vista de R$ 822,83/MWh é mais do que o dobro da taxa de R$ 383,67/MWh em janeiro", afirmou.