São Paulo - O diretor da Fitch Ratings Mario Storino, responsável pelo segmento de energia, considera que o risco de racionamento caiu este ano, mas que as condições para 2016 ainda terão de ser provadas, já que as estimativas são de que se feche o ano com os reservatórios em 20%.
Storino observou, durante evento organizado pela agência em São Paulo, que as distribuidoras se beneficiam da estimativa de que não haverá racionamento, mas que a inadimplência é um fator a ser observado.
"Não haver racionamento para as distribuidoras é positivo, mas um risco ainda a ser verificado é como, num cenário de pressão inflacionária, e eventual desemprego, os consumidores se comportarão", afirmou.
O analista lembrou que as tarifas já subiram na média de 24% e que num cenário de desemprego pode haver tanto inadimplência quanto ligações clandestinas.
Incorporadoras
No mesmo evento, a diretora da Fitch Ratings Fernanda Rezende disse que as perspectivas para o segmento de incorporação imobiliária são negativas este ano, especialmente por conta dos níveis dos estoques e dos distratos.
"No final de 2014, os estoques representavam 20 meses de vendas e isso é muito alto em relação aos anos anteriores. Temos visto as empresas reduzindo lançamentos e concentrando em caixa, mas os estoques altos podem pressionar o caixa", observou.
No ponto de vista de liquidez, Fernanda diz que este tem sido fator importante de diferenciação de ratings.
"Existem R$ 5 bilhões de divida vencendo este ano, R$ 1 bilhão em debêntures. Como se sabe que a geração de caixa não é positiva para todas, aquelas pressionadas pelos distratos têm cenário desafiador", comentou.
Segundo ela, estão na ponta negativa empresas como a Viver, Rossi, João Fortes e Brookfield; na ponta positiva, Cyrela e MRV.
"Os bancos estão seletivos e exigem garantias, não têm havido emissões clean (sem garantias) para os créditos mais fracos. Sabemos que o ritmo de lançamentos tem impacto direto no caixa das incorporadoras, o que pode pressionar a liquidez ao longo do anos", afirmou.
A Fitch Ratings acompanha 15 incorporadoras.
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1. Quem tem medo do escuro?
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1/11 (Allison Joyce/Getty Images)
São Paulo* – As condições climáticas levaram a consultoria PSR a elevar a probabilidade de ocorrência de um racionamento de
energia no Brasil de 6,0% em janeiro para 17,5% em fevereiro, segundo relatório do Morgan Stanley Research. Os setores mais vulneráveis a aumentos de
preços são os de aço (a
eletricidade representou 31,3% do ebitda deles em 2013), industrial (11,9%) e bebidas e alimentos (8,8%). O banco afirma que, em um cenário de racionamento, a maior parte dos papéis de sua cobertura deve ser afetado negativamente. O Morgan Stanley indica quais seriam os papéis mais afetados. *Matéria atualizada no dia 21 de fevereiro, às 14:04 horas, após contato de uma das empresas e envio do relatório corrigido pelo Morgan Stanley. A alteração retirou as ações de Hypermarcas e JBS da lista e acrescentou o papel da Vale.
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2. 1. Usiminas (USIM5)
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2/11 (Domingos Peixoto/EXAME)
Gastos com energia nos custos: 9,1% Gastos com energia no Ebitda: 40,6% Classificação da ação: em linha com a média do mercado Variação da ação em 2014: -27,80%
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3. 2. Minerva (BEEF3)
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3/11 (Divulgação)
Gastos com energia nos custos: 3,7% Gastos com energia no Ebitda: 31,8% Classificação da ação: acima da média de mercado Variação da ação em 2014: -12,70%
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4. 3. Gerdau (GGBR4)
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4/11 (Miriam Fichtner/Pluf Fotos)
Gastos com energia nos custos: 4,4% Gastos com energia no Ebitda: 27,3% Classificação da ação: acima da média de mercado Variação da ação em 2014: -16,63%
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5. 4. Duratex (DTEX3)
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5/11 (Divulgação)
Gastos com energia nos custos: 7,2% Gastos com energia no Ebitda: 15,6% Classificação da ação: acima da média de mercado Variação da ação em 2014: -16,96%
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6. 5. M. Dias Branco (MDIA3)
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6/11 (Divulgação/M. Dias Branco)
Gastos com energia nos custos: 3,0% Gastos com energia no Ebitda: 13,1% Classificação da ação: em linha com a média do mercado Variação da ação em 2014: -15,88%
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7. 6. Iochpe-Maxion (MYPK3)
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7/11 (Pedro Motta/EXAME.com)
Gastos com energia nos custos: 2,4% Gastos com energia no Ebitda: 20,2% Classificação da ação: em linha com a média do mercado Variação da ação em 2014: -14,07%
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8. 7. Embraer (EMBR3)
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8/11 (Mark Elias/Bloomberg)
Gastos com energia nos custos: 2,0% Gastos com energia no Ebitda: 12,6% Classificação da ação: acima da média de mercado Variação da ação em 2014: 4,24%
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9. 8. Oi (OIBR4)
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9/11 (Divulgação)
Gastos com energia nos custos: 2,4% Gastos com energia no Ebitda: 6,2% Classificação da ação: sem indicação Variação da ação em 2014: 6,13%
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10. 9. Vale (VALE5)
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10/11 (Dado Galdieri/Bloomberg)
Gastos com energia nos custos: 3,1% Gastos com energia no Ebitda: 4,0% Classificação da ação: acima da média de mercado Variação da ação em 2014: -6,54%
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11. Veja agora as empresas negociadas por menos que o valor patrimonial
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11/11 (Rodrigo_Amorim/Creative Commons)