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Fim de sanções resolve 40% dos problemas econômicos do Irã

Nesse sentido, Rohani pediu "vontade nacional" para o desenvolvimento econômico após o fim das sanções

Hassan Rohani: "Não será o caso da economia se corrigir só através da interação com o exterior. Isso é só 40%" (Filippo Monteforte / AFP)
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Da Redação

Publicado em 3 de fevereiro de 2016 às 09h24.

Teerã - O presidente do Irã , Hassan Rohani, avalia que o fim das sanções internacionais resolverá somente 40% dos problemas econômicos " do país e que o resto dependerá dos esforços internos para serem resolvidos.

"Não será o caso da economia se corrigir só através da interação com o exterior. Isso é só 40%, o resto são assuntos relacionados com a situação interna", afirmou ontem à noite em discurso televisionado, em que falou sobre sua recente viagem pela Europa, em que foram fechados vários acordos econômicos e políticos.

Nesse sentido, Rohani pediu "vontade nacional" para o desenvolvimento econômico após o fim das sanções e expressou a necessidade de "aproveitar as novas relações abertas com o mundo" em todos os campos após a entrada em vigor do acordo nuclear.

"O acordo nuclear criou novas condições nas relações com o mundo das que temos que tirar vantagem. Também se criaram novas condições para todas as atividades nos campos sociais e culturais", afirmou Rohani.

O presidente felicitou a "a nação iraniana" por ter conseguido se libertar do "lugar" imposto pelas sanções contra sua economia, impulsionado por aqueles "que desejam mal".

"O objetivo do acordo era destruir este malvado muro. O fim destas injustas sanções permitirão uma vida melhor para os iranianos", acrescentou.

O líder ressaltou que na nova etapa que se abre para o país, o governo facilitará a atração de investimento estrangeiro orientado a produção no país, mas mirando a exportação de menos de 30% do produzido.

"Decidimos que os investidores estrangeiros podem entrar no país e se associar com nossos investidores e nossa indústria. O governo facilitará a introdução no setor privado. Não vamos gastar nossa receita do petróleo nas indústrias de petróleo, gás, petroquímica, aço ou automotiva, mas apoiaremos a entrada de capital estrangeiro e os empresários locais", explicou.

Para isso, Rohani apontou que o Irã apostará em manter "relações construtivas" com todo o mundo, e inclusive insistiu que se empresários americanos quiserem "investir no Irã e importar tecnologia", não encontrarão problema algum.

"Não esqueceremos nossos amigos que estiveram durante as sanções, mas não buscaremos vingança contra os que não o fizeram. Daremos oportunidades a eles apesar do fato de não terem agido corretamente. Cooperaremos com eles se quiserem acertar o passado", acrescentou.

Além disso, indicou que seu Executivo estabeleceu uma meta de crescimento de 8% para seu próximo plano qüinqüenal, que entrará em vigor em março, junto com o ano novo persa, um número que ajudará a resolver os problemas de desemprego e da alta inflação no país.

A viagem de Rohani, a primeira de um presidente iraniano à Europa em mais de uma década, envolveu vários contatos políticos e a assinatura de dezenas de acordos econômicos e comerciais que somam dezenas de bilhões de euros.

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Teerã - O presidente do Irã , Hassan Rohani, avalia que o fim das sanções internacionais resolverá somente 40% dos problemas econômicos " do país e que o resto dependerá dos esforços internos para serem resolvidos.

"Não será o caso da economia se corrigir só através da interação com o exterior. Isso é só 40%, o resto são assuntos relacionados com a situação interna", afirmou ontem à noite em discurso televisionado, em que falou sobre sua recente viagem pela Europa, em que foram fechados vários acordos econômicos e políticos.

Nesse sentido, Rohani pediu "vontade nacional" para o desenvolvimento econômico após o fim das sanções e expressou a necessidade de "aproveitar as novas relações abertas com o mundo" em todos os campos após a entrada em vigor do acordo nuclear.

"O acordo nuclear criou novas condições nas relações com o mundo das que temos que tirar vantagem. Também se criaram novas condições para todas as atividades nos campos sociais e culturais", afirmou Rohani.

O presidente felicitou a "a nação iraniana" por ter conseguido se libertar do "lugar" imposto pelas sanções contra sua economia, impulsionado por aqueles "que desejam mal".

"O objetivo do acordo era destruir este malvado muro. O fim destas injustas sanções permitirão uma vida melhor para os iranianos", acrescentou.

O líder ressaltou que na nova etapa que se abre para o país, o governo facilitará a atração de investimento estrangeiro orientado a produção no país, mas mirando a exportação de menos de 30% do produzido.

"Decidimos que os investidores estrangeiros podem entrar no país e se associar com nossos investidores e nossa indústria. O governo facilitará a introdução no setor privado. Não vamos gastar nossa receita do petróleo nas indústrias de petróleo, gás, petroquímica, aço ou automotiva, mas apoiaremos a entrada de capital estrangeiro e os empresários locais", explicou.

Para isso, Rohani apontou que o Irã apostará em manter "relações construtivas" com todo o mundo, e inclusive insistiu que se empresários americanos quiserem "investir no Irã e importar tecnologia", não encontrarão problema algum.

"Não esqueceremos nossos amigos que estiveram durante as sanções, mas não buscaremos vingança contra os que não o fizeram. Daremos oportunidades a eles apesar do fato de não terem agido corretamente. Cooperaremos com eles se quiserem acertar o passado", acrescentou.

Além disso, indicou que seu Executivo estabeleceu uma meta de crescimento de 8% para seu próximo plano qüinqüenal, que entrará em vigor em março, junto com o ano novo persa, um número que ajudará a resolver os problemas de desemprego e da alta inflação no país.

A viagem de Rohani, a primeira de um presidente iraniano à Europa em mais de uma década, envolveu vários contatos políticos e a assinatura de dezenas de acordos econômicos e comerciais que somam dezenas de bilhões de euros.

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