Sede da Fiesp: entidade já tranalha junto com o governo da cidade argentina (Bia Parreiras/VIAGEM E TURISMO)
Da Redação
Publicado em 26 de abril de 2011 às 19h48.
São Paulo - A Federação de Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) apoiou nesta terça-feira a iniciativa da província argentina de Mendoza de transformar sua capital, que leva o mesmo nome, no centro de operações logísticas do Mercosul, informaram fontes empresariais.
"A indústria de São Paulo apoia o projeto de transformar Mendoza no centro logístico do Mercosul. Vemos a seriedade e o respaldo do Governo regional. Este projeto dará mais competitividade aos produtos da região", disse à Agência Efe Ricardo Martins, diretor de Relações Internacionais da Fiesp.
A iniciativa de tornar a capital de Mendoza, província situada no oeste da Argentina e fronteiriça com o Chile, em centro logístico do Mercosul será apresentada neste semestre em São Paulo, anunciou nesta terça-feira em entrevista coletiva o secretário de Produção de Mendoza, Raúl Mercau.
"No total, 66% do transporte de produtos do Mercosul rumo ao Pacífico passa por Mendoza e é por isso que nosso projeto contempla a construção de um túnel que reduzirá os custos e o tempo para o embarque nos portos chilenos", assinalou Mercau em declarações à Efe.
Para a construção do túnel se prevê um investimento de US$ 3 bilhões, mas o projeto contempla também uma série de obras complementares que "gerarão empregos e oportunidades para as empresas da região", explicou Mercau.
Representantes da indústria brasileira se reuniram nesta terça-feira na sede da Fiesp com os integrantes de uma missão empresarial argentina, liderada pelo governador de Mendoza, Carlos Alejandro Xeque.
A Fiesp trabalha desde o ano passado com o Governo de Mendoza na constituição de uma "união de interesses empresariais" para explorar o potencial de negócios em logística, transporte, petróleo, gás e metal-mecânica, apontou Martins.
As empresas de Mendoza buscam uma participação significativa nos projetos da Petrobras, calculados em US$ 240 bilhões para os próximos cinco anos.
"Calcula-se que 10% dos investimentos da Petrobras serão relacionados com empresas argentinas, com um potencial entre 25% e 100% para as empresas de Mendoza", assinalou Martins.