Atividade da indústria cai 0,3% em agosto, diz Fiesp
Na série sem ajuste, o INA avançou 5,0% no mesmo período
Da Redação
Publicado em 27 de setembro de 2012 às 13h08.
São Paulo - O Indicador de Nível de Atividade (INA), que mede o comportamento da indústria paulista, caiu 0,3 por cento em agosto frente a julho, de acordo com dados ajustados sazonalmente, informou nesta quinta-feira a Federação das Indústrias do estado de São Paulo ( Fiesp ).
Na série sem ajuste, o INA avançou 5,0 por cento no mesmo período. Em relação a agosto de 2011, o indicador registrou baixa de 7,0 por cento, perdendo ainda 5,3 por cento no acumulado em 12 meses.
Foi reportada ainda nesta quinta-feira a revisão do resultado do INA em julho, que havia apresentado alta de 0,3 por cento ante junho, na série de comparação com ajuste sazonal. Foi informado agora recuo de 0,3 por cento.
Outro indicador divulgado nesta quinta-feira foi o Sensor, que avalia a percepção do empresariado quanto às perspectivas econômicas. Segundo a Fiesp, em setembro sua pontuação foi de 52,3, ante os 50,5 pontos registrados em agosto. Esse foi o maior nível desde abril de 2011, quando chegou a 54,9.
Pontuação acima de 50 indica otimismo dos empresários, e, abaixo, pessimismo.
Em escala nacional, o Índice de Confiança da Indústria (ICI), divulgado na quarta-feira pela Fundação Getúlio Vargas, avançou 0,9 por cento em setembro em relação a agosto, atingindo o maior nível desde julho de 2011.
O governo federal tem acompanhado com grande atenção o desempenho da indústria nacional, sobretudo após o anúncio das últimas medidas de incentivo ao setor.
Destacam-se, entre elas, desonerações da folha de pagamento e a prorrogação da vigência da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para áreas como a automobilística, além da redução das tarifas de energia para 2013.
Apenas a redução do IPI para automóveis, prorrogada até 31 de outubro, representa uma renúncia fiscal de 800 milhões de reais ao governo.
A indústria ajudou a limitar o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre do ano, segundo dados divulgados há menos de um mês. O país como um todo avançou apenas 0,4 por cento no período, elevado por serviços, consumo e agricultura.
O setor industrial teve retração de 2,5 por cento na comparação trimestral, após mostrar crescimento de 1,7 por cento nos três primeiros meses do ano. Foi a queda mais aguda desde o primeiro trimestre de 2009, quando o setor recuou 6,5 por cento, no auge da crise internacional.
Os últimos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre a produção industrial em escala nacional, referentes a julho, mostram crescimento de 0,3 por cento, após um avanço mais modesto de 0,2 por cento no mês anterior.
Os números de agosto serão divulgados pelo IBGE na próxima terça-feira.