Economia

FGV projeta taxa de 0,10% para o IPC-S de junho

Coordenador disse esperar uma taxa de inflação para junho bem menor do que a de 0,52% de maio


	Consumidora escolhe tomates em feira: se confirmada, IPC-S seria inferior à de 0,35% de junho de 2013
 (Dado Galdieri/Bloomberg)

Consumidora escolhe tomates em feira: se confirmada, IPC-S seria inferior à de 0,35% de junho de 2013 (Dado Galdieri/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 2 de junho de 2014 às 13h56.

São Paulo - O coordenador do Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), Paulo Picchetti, informou, nesta segunda-feira, 2, esperar uma taxa de inflação para junho, no âmbito do indicador da Fundação Getulio Vargas (FGV), bem menor do que a de 0,52% de maio.

Ele disse projetar uma taxa de apenas 0,10% para o índice do sexto mês de 2014, que, se confirmada, seria também inferior à de 0,35% de junho de 2013.

De acordo com Picchetti, o IPC-S terá no grupo Alimentação um importante aliado na desaceleração da inflação de junho de 2014, já que, tradicionalmente, este é um período do ano no qual este conjunto de preços tem um comportamento favorável para o consumidor.

"No atacado, já temos visto que está vindo uma ajuda, com vários itens nas pesquisas de ponta (levantamentos mais recentes da FGV) com queda de preços", comentou, citando como exemplo o pão francês e itens da parte de Hortaliças e Legumes.

No IPC-S de maio, divulgado hoje, a Alimentação já gerou importante alívio, pois o grupo subiu 0,45% ante avanço de 1,42% em abril. Na terceira quadrissemana de maio, a alta havia sido de 0,81%.

Para junho, o coordenador não descarta totalmente até a possibilidade de uma deflação para Alimentação.

Outros grupos que, segundo Picchetti, devem contribuir com o cenário de inflação baixa em junho são os de Habitação, com alívio da parte de tarifas de energia elétrica; Transportes, com ajuda dos preços dos combustíveis; e Saúde, com a saída gradual do impacto recente do reajuste dos remédios.

Na outra ponta, o grupo Despesas Diversas, com impacto do item passagens aéreas, tende a impedir uma taxa ainda menor do IPC-S.

Para Picchetti, é justamente este item que pode ter alguma influência da Copa do Mundo, mas ele ressaltou que a proximidade das férias é outro elemento que costuma pressionar as passagens aéreas.

Quanto ao restante do IPC-S, o coordenador disse que não vê itens capazes de gerar grandes impactos para a inflação, já que avalia que eventuais pressões tendem a ser vistas apenas nas proximidades dos estádios que receberão os jogos.

"Se tiver, será algo localizado", afirmou.

Em relação a 2014, Picchetti manteve a estimativa de uma taxa de 6,4% para o IPC-S.

De acordo com ele, apesar do cenário mais favorável que está sendo esperado para o fim do primeiro semestre, a inflação do ano como um todo está muito longe de inspirar um sentimento positivo.

"Se fechar em 6,4%, não é motivo para comemoração, pois ficará bem acima da taxa de 5,63% de 2013", lembrou.

No acumulado de janeiro a maio de 2014, o IPC-S atingiu inflação de 3,85%. Nos últimos 12 meses até maio, o indicador da FGV acumulou taxa de 6,57%, superior à do mesmo período até abril, quando foi de 6,36%.

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