Economia

FGV mantém projeção de 0,40% para IPC-S de fevereiro

Nesta segunda-feira, a FGV divulgou que o IPC-S registrou taxa de 0,96% na primeira quadrissemana de fevereiro


	Consumidora compra material escolar: conforme a FGV, maior contribuição para desaceleração da taxa do IPC-S partiu do grupo Educação, Leitura e Recreação
 (Wilson Dias/Abr)

Consumidora compra material escolar: conforme a FGV, maior contribuição para desaceleração da taxa do IPC-S partiu do grupo Educação, Leitura e Recreação (Wilson Dias/Abr)

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Da Redação

Publicado em 10 de fevereiro de 2014 às 14h11.

São Paulo - O coordenador do Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), Paulo Picchetti, manteve, nesta segunda-feira, 10, a estimativa de uma taxa de 0,40% para o indicador de inflação da Fundação Getulio Vargas (FGV) de fevereiro.

Em entrevista ao Broadcast, serviço de informações da Agência Estado, ele disse que, a despeito de o índice ter apresentado uma desaceleração muito leve entre o fim de janeiro e o começo do mês atual, a trajetória estipulada está dentro do que foi previsto.

"A princípio, deveremos ter um mês de fevereiro bem melhor do que foi o de janeiro", afirmou.

Nesta segunda-feira, a FGV divulgou que o IPC-S registrou taxa de 0,96% na primeira quadrissemana de fevereiro. O resultado foi 0,03 ponto porcentual menor do que a taxa de 0,99% do encerramento de janeiro.

Conforme a FGV, a maior contribuição para a desaceleração da taxa do IPC-S partiu do grupo Educação, Leitura e Recreação, cuja alta saiu de 4,47% para 3,71%. Nesta classe de despesa, destaque para o comportamento do item Cursos Formais, cuja taxa passou de 9,07% para 6,51%.

Segundo Picchetti, a expectativa de uma taxa de 0,40% para o fim de fevereiro tem como base as altas menores exatamente da Educação, que foi o grande fator de pressão do IPC-S de janeiro, e do cigarro, que fechou o mês passado com elevação de 6,03% e ainda avançou 6,28% na primeira quadrissemana de fevereiro.

Para o coordenador, enquanto a Educação já dá mostras claras de desaceleração, o cigarro atingiu o ponto máximo dos efeitos de reajustes recentes dos fabricantes. "A partir de agora, o impacto do aumento deve começar a sair e isso tende a ajudar bastante", comentou.

Picchetti também chamou a atenção para importância da ajuda que o grupo Alimentação poderá dar ao IPC-S no decorrer do mês. Ele lembrou que a classe de despesa sempre é uma incógnita em virtude da tradicional volatilidade dos preços de itens in natura, mas avaliou que, por enquanto, também está seguindo uma trajetória prevista sem maiores sobressaltos.

Na primeira quadrissemana de fevereiro, a Alimentação apresentou elevação de 0,86%. A variação positiva foi menor que a de 0,93% do fim de janeiro e, entre os itens que lideraram o ranking de pressão de baixa do IPC-S, os três primeiros vieram do grupo: o leite longa vida caiu 6,67% ante baixa de 5,91%; o tomate recuou 11,55% ante declínio de 11,98%; e a batata inglesa apresentou variação negativa de 8,63% ante queda de 3,28%.

"Por enquanto, a Alimentação está na trajetória que esperamos, mas ela está sujeita à incógnita ligada ao clima", comentou Picchetti.

"Atualmente, há uma contribuição generalizada para a desaceleração. A questão do clima tem algum impacto potencial, mas não apareceu no curto prazo, nem mesmo no atacado", disse, ressaltando que, em virtude do atual cenário de calor extremo no país, não dá para garantir com exatidão que os impactos ligados às altas temperaturas não serão vistos nos preços dos alimentos nas próximas divulgações do IPC-S.

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