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FGV mantém projeção de 0,30% para IPC-S de setembro

Para o coordenador do índice, o grande fator de aceleração para o IPC-S de setembro será o grupo Alimentação, cuja alta passou de 0,13% para 0,29%

Exatamente por causa da volatilidade de itens in natura, o coordenador preferiu aguardar as próximas medições para um eventual ajuste na expectativa para setembro (Alexandre Battibugli/EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 8 de setembro de 2014 às 14h55.

São Paulo - O coordenador do Índice de Preços ao Consumidor Semanal ( IPC -S), Paulo Picchetti, manteve a projeção de uma taxa de 0,30% para o indicador de inflação da Fundação Getúlio Vargas ( FGV ) de setembro.

Em entrevista ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, ele disse que os dados do começo do mês anunciados nesta segunda-feira, 8, reforçam a expectativa de que o índice seguirá uma trajetória de aceleração em setembro contra o mês imediatamente anterior.

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Nesta segunda-feira, a FGV divulgou que o IPC-S registrou taxa de 0,21% na primeira quadrissemana de setembro. O resultado foi 0,09 ponto porcentual maior do que a taxa de 0,12% do encerramento de agosto.

"A trajetória do índice está corroborando nossa previsão", comentou Picchetti. "Acredito que o quadro vai começar a revelar qual é o nível efetivo médio da inflação , após meses de sazonalidade baixa e com resultado próximo de zero. É a volta ao nível efetivo, mais próxima do que o núcleo estava mostrando", destacou.

Para Picchetti, o grande fator de aceleração para o IPC-S de setembro será o grupo Alimentação, cuja alta passou de 0,13%, no fim de agosto, para 0,29% na primeira leitura de setembro. "É o grande diferencial", disse, avaliando até que o grupo "subiu rápido" no período pesquisado.

Segundo o coordenador do indicador da FGV, alguns destaques da aceleração da Alimentação no período foram a carne bovina, cuja elevação passou de 0,34% para 1,08%, e a parte de frutas, que mostrou variação positiva de 2,30% na primeira quadrissemana de setembro, ante aumento de 0,99% no fechamento de agosto.

De acordo com Picchetti, mesmo o segmento de hortaliças e legumes, cuja queda passou de 5,51% para 4,46% entre o fim do mês passado e o começo do atual, também ajudou no processo de aceleração da Alimentação.

Exatamente por causa da tradicional volatilidade de itens in natura, o coordenador preferiu aguardar as próximas medições da FGV para um eventual ajuste na expectativa para setembro.

"É precipitado para fazer qualquer revisão. Como a história está concentrada nesses itens in natura, tem que avaliar um pouco mais para ver, por exemplo, se o preço das frutas não vai começar a desabar na próxima leitura", explicou Picchetti. "A princípio, está mantida a projeção de 0,30% para o IPC-S do mês", salientou.

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