Exame Logo

Energia deve segurar inflação da baixa renda, diz FGV

Alimentos também devem ter menor peso sobre alta dos preços e IPC-C1 deve ficar no mesmo patamar de 2012, segundo a entidade

Energia elétrica: mesmo com o menor preço do megawatt-hora, a inflação para a baixa renda pode aumentar por conta de outros fatores como a tarifa de ônibus (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 11 de janeiro de 2013 às 15h57.

Rio de Janeiro - A redução da tarifa de energia elétrica neste ano deverá ajudar a conter a inflação para a baixa renda em 2013, mas é impossível prever se a queda do valor do megawatt-hora será suficiente para compensar outras fontes de alta de preços, segundo o economista do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) André Braz.

Para este ano, a expectativa é de que os indicadores de preço revelem altas, principalmente na tarifa de ônibus urbano em São Paulo; nos automóveis e eletrodomésticos de linha branca favorecidos em 2012 pela redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), cujos preços devem aumentar com o fim do incentivo; e nos cigarros, sobre os quais incidirão mais impostos.

Em contrapartida, os alimentos deverão pressionar um pouco menos a inflação neste ano, espera Braz. Com uma perspectiva positiva para a safra de 2013, no Brasil, a projeção é de que o Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1), relativo às famílias com renda mensal de até dois salários mínimos e meio, feche o ano no mesmo patamar de 2012, de 6,9%. Em dezembro, a taxa foi de 0,76%.

No ano passado, a inflação da baixa renda superou bastante a medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial do governo, que fechou em 5,84%, por causa dos alimentos, que comprometem 30% do orçamento das famílias mais pobres. O grupo alimentação avançou 10,13%, segunda maior variação do índice, atrás apenas das despesas diversas (12,87%), por causa do cigarro (24,7%).


Entre os alimentos que ficaram mais caros, a FGV destacou o conjunto arroz e feijão (34,95%), as hortaliças e legumes (31,77%), o pão francês (9,46%), as aves e ovos (12,58%) e o óleo de soja (23,11%).

Como item isolado, a principal influência para a alta do IPC-C1 partiu do ônibus urbano (7,5%), que tem grande peso no orçamento das famílias de baixa renda. Em sentido oposto ajudaram a conter a inflação os itens: automóvel usado (-9,94%), televisores (-9,05%), automóvel novo (-5,21%), açúcar refinado (-4,35%) e filé mignon (-10,15%).

Os automóveis ficaram mais baratos devido à redução do IPI, enquanto a concorrência respondeu pela queda do preço dos televisores. Já o açúcar refinado e o filé mignon tiveram redução de preço por causa da oferta abundante dos dois produtos.

Veja também

Rio de Janeiro - A redução da tarifa de energia elétrica neste ano deverá ajudar a conter a inflação para a baixa renda em 2013, mas é impossível prever se a queda do valor do megawatt-hora será suficiente para compensar outras fontes de alta de preços, segundo o economista do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) André Braz.

Para este ano, a expectativa é de que os indicadores de preço revelem altas, principalmente na tarifa de ônibus urbano em São Paulo; nos automóveis e eletrodomésticos de linha branca favorecidos em 2012 pela redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), cujos preços devem aumentar com o fim do incentivo; e nos cigarros, sobre os quais incidirão mais impostos.

Em contrapartida, os alimentos deverão pressionar um pouco menos a inflação neste ano, espera Braz. Com uma perspectiva positiva para a safra de 2013, no Brasil, a projeção é de que o Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1), relativo às famílias com renda mensal de até dois salários mínimos e meio, feche o ano no mesmo patamar de 2012, de 6,9%. Em dezembro, a taxa foi de 0,76%.

No ano passado, a inflação da baixa renda superou bastante a medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial do governo, que fechou em 5,84%, por causa dos alimentos, que comprometem 30% do orçamento das famílias mais pobres. O grupo alimentação avançou 10,13%, segunda maior variação do índice, atrás apenas das despesas diversas (12,87%), por causa do cigarro (24,7%).


Entre os alimentos que ficaram mais caros, a FGV destacou o conjunto arroz e feijão (34,95%), as hortaliças e legumes (31,77%), o pão francês (9,46%), as aves e ovos (12,58%) e o óleo de soja (23,11%).

Como item isolado, a principal influência para a alta do IPC-C1 partiu do ônibus urbano (7,5%), que tem grande peso no orçamento das famílias de baixa renda. Em sentido oposto ajudaram a conter a inflação os itens: automóvel usado (-9,94%), televisores (-9,05%), automóvel novo (-5,21%), açúcar refinado (-4,35%) e filé mignon (-10,15%).

Os automóveis ficaram mais baratos devido à redução do IPI, enquanto a concorrência respondeu pela queda do preço dos televisores. Já o açúcar refinado e o filé mignon tiveram redução de preço por causa da oferta abundante dos dois produtos.

Acompanhe tudo sobre:EmpresasEnergiaEnergia elétricaFGV - Fundação Getúlio VargasInflaçãoServiços

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Economia

Mais na Exame