Economia

FGV: 60% da baixa renda não conhecem o Procon

São Paulo - A maioria da população de baixa renda, que ganha até dois salários mínimos, não conhece o Procon. A conclusão faz parte de uma pesquisa da Escola de Direito da Fundação Getúlio Vargas (Direito GV), que divulgou hoje o Índice de Confiança na Justiça (ICJBrasil). Nesta faixa de renda, 60% das pessoas dizem […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h46.

São Paulo - A maioria da população de baixa renda, que ganha até dois salários mínimos, não conhece o Procon. A conclusão faz parte de uma pesquisa da Escola de Direito da Fundação Getúlio Vargas (Direito GV), que divulgou hoje o Índice de Confiança na Justiça (ICJBrasil). Nesta faixa de renda, 60% das pessoas dizem não conhecer o órgão de defesa do consumidor, enquanto a porcentagem varia de 2% a 5% entre quem ganha mais de dois salários mínimos.

"Apesar de bastante conhecido entre as faixas de renda mais altas, o Procon atende setores específicos da população", explicou Luciana Gross Cunha, que coordenou o índice. Considerando todas as faixas de renda, apenas 19% das pessoas já utilizaram os serviços do Procon. "Quanto maior a renda e mais alta a escolaridade, maior a utilização", afirmou.

Apesar de a porcentagem de pessoas que já recorreram ao Procon ser baixa, a satisfação com os serviços é grande: 53% disseram estar "muito satisfeitos" com o órgão de defesa do consumidor, enquanto 32% declararam estar "um pouco satisfeitos". Por outro lado, 8% afirmaram estar "um pouco insatisfeitos" e 6% "muito insatisfeitos". Entre quem recorreu ao órgão, 59% disseram ter conseguido solucionar seu problema.

O ICJBrasil, que incluiu entre suas perguntas um item sobre o Procon, começou a ser mensurado pela Escola de Direito da FGV no segundo trimestre do ano passado. Para o levantamento do segundo trimestre de 2010 foram ouvidas 1.550 pessoas em sete Estados: Rio Grande do Sul, São Paulo, Distrito Federal, Minas Gerais, Pernambuco, Bahia e Rio de Janeiro. A pesquisa foi feita entre os meses de abril e junho.
 

Acompanhe tudo sobre:ConsumidoresJustiçarenda-pessoal

Mais de Economia

Reforma tributária: videocast debate os efeitos da regulamentação para o agronegócio

Análise: O pacote fiscal passou. Mas ficou o mal-estar

Amazon, Huawei, Samsung: quais são as 10 empresas que mais investem em política industrial no mundo?

Economia de baixa altitude: China lidera com inovação