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Fed planeja alta de juros este ano, mas sem se comprometer

O presidente do Fed de Nova York, William Dudley, e Dennis Lockhart, do Fed de Atlanta, disseram esperar um aperto da política monetária em 2015

Sede do Federal Reserve em Atlanta: claramente deixaram a porta aberta para que se espere até 2016 se parecer que a economia dos EUA está sob ameaça da desaceleração global (thinkstock)
DR

Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2015 às 15h50.

Nova York- Dois influentes membros do Federal Reserve reforçaram nesta sexta-feira a mensagem de que a alta da taxa de juros vai acontecer antes do final do ano, afirmando que embora esperem a decisão, pode haver acontecimentos que forcem o banco central dos Estados Unidos a adiar a medida novamente.

O presidente do Fed de Nova York, William Dudley, e Dennis Lockhart, do Fed de Atlanta, disseram esperar um aperto da política monetária em 2015, apesar de alguns sinais de alerta.

Mas claramente deixaram a porta aberta para que se espere até 2016 se parecer que a economia dos EUA está sob ameaça da desaceleração global.

Os dois, falando separadamente em Nova York, levantaram questões sobre a probabilidade sobre terem informação suficiente para elevar os juros na reunião de política monetária de 27 e 28 de outubro, sugerindo que o encontro de 15 e 16 de dezembro pode ser o da ação.

"Baseado na minha previsão, sim eu estou (com expectativa de aumentar as taxas este ano)", disse Dudley, um aliado próximo da chair do Fed, Janet Yellen, e que tem voto permanente.

"Mas é uma previsão, e nós vamos ter muitos dados entre agora e dezembro. Então, não é um compromisso", completou ele à TV CNBC.

Em uma decisão relativamente apertada, o banco central decidiu não elevar a taxa de juros no mês passado diante da desaceleração da China e em outros lugares, da turbulência dos mercados financeiros e da queda dos preços de commodities.

Tudo isso pode manter a inflação norte-americana, agora em 1,3 por cento, abaixo da meta do Fed, de 2%.

Desde então, um crescimento decepcionante dos empregos em setembro levou os investidores a reduzirem com força a expectativa de uma alta dos juros em outubro, vendo probabilidade de 40 por cento em dezembro, com base nos mercados futuros.

Lockhart, um centrista bastante respeitado e votante no comitê de política monetária do Fed neste ano, disse que a desaceleração internacional e o relatório fraco de emprego nos EUA do mês passado mostram que há "um pouco mais de risco" para a economia norte-americana.

Portanto, disse ele, o Fed vai precisar monitorar a força do consumidor nas próximas semanas e meses para decidir se seguirá adiante com o aumento da taxa de juros.

"A economia permanece numa trajetória satisfatória...vejo uma decisão sobre a alta este ano nas reuniões do Fomc de outubro ou dezembro como provavelmente apropriada."

"Entretanto, os dados estão dando sinais variados, e há mais ambiguidade no momento atual do que há algumas semanas", acrescentou. Isso "pede por monitoramento especialmente diligente dos próximos dados com particular atenção à atividade do consumidor."

Já o presidente do Fed de Chicago, Charles Evans, parece ter suavizado sua postura sobre adiar a alta da taxa de juros dos Estados Unidos até o próximo ano, afirmando que o que realmente importa é que as altas, quando começarem, têm que ser muito graduais.

"Embora eu seja a favor de alta um pouco mais tardia do que muitos de meus colegas, o momento preciso para a primeira alta da taxa de juros é menos importante para mim do que a trajetória que a taxa vai seguir ao longo de todo o processo de normalização de política", disse ele em discurso preparado para evento em Miwaukee.

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Nova York- Dois influentes membros do Federal Reserve reforçaram nesta sexta-feira a mensagem de que a alta da taxa de juros vai acontecer antes do final do ano, afirmando que embora esperem a decisão, pode haver acontecimentos que forcem o banco central dos Estados Unidos a adiar a medida novamente.

O presidente do Fed de Nova York, William Dudley, e Dennis Lockhart, do Fed de Atlanta, disseram esperar um aperto da política monetária em 2015, apesar de alguns sinais de alerta.

Mas claramente deixaram a porta aberta para que se espere até 2016 se parecer que a economia dos EUA está sob ameaça da desaceleração global.

Os dois, falando separadamente em Nova York, levantaram questões sobre a probabilidade sobre terem informação suficiente para elevar os juros na reunião de política monetária de 27 e 28 de outubro, sugerindo que o encontro de 15 e 16 de dezembro pode ser o da ação.

"Baseado na minha previsão, sim eu estou (com expectativa de aumentar as taxas este ano)", disse Dudley, um aliado próximo da chair do Fed, Janet Yellen, e que tem voto permanente.

"Mas é uma previsão, e nós vamos ter muitos dados entre agora e dezembro. Então, não é um compromisso", completou ele à TV CNBC.

Em uma decisão relativamente apertada, o banco central decidiu não elevar a taxa de juros no mês passado diante da desaceleração da China e em outros lugares, da turbulência dos mercados financeiros e da queda dos preços de commodities.

Tudo isso pode manter a inflação norte-americana, agora em 1,3 por cento, abaixo da meta do Fed, de 2%.

Desde então, um crescimento decepcionante dos empregos em setembro levou os investidores a reduzirem com força a expectativa de uma alta dos juros em outubro, vendo probabilidade de 40 por cento em dezembro, com base nos mercados futuros.

Lockhart, um centrista bastante respeitado e votante no comitê de política monetária do Fed neste ano, disse que a desaceleração internacional e o relatório fraco de emprego nos EUA do mês passado mostram que há "um pouco mais de risco" para a economia norte-americana.

Portanto, disse ele, o Fed vai precisar monitorar a força do consumidor nas próximas semanas e meses para decidir se seguirá adiante com o aumento da taxa de juros.

"A economia permanece numa trajetória satisfatória...vejo uma decisão sobre a alta este ano nas reuniões do Fomc de outubro ou dezembro como provavelmente apropriada."

"Entretanto, os dados estão dando sinais variados, e há mais ambiguidade no momento atual do que há algumas semanas", acrescentou. Isso "pede por monitoramento especialmente diligente dos próximos dados com particular atenção à atividade do consumidor."

Já o presidente do Fed de Chicago, Charles Evans, parece ter suavizado sua postura sobre adiar a alta da taxa de juros dos Estados Unidos até o próximo ano, afirmando que o que realmente importa é que as altas, quando começarem, têm que ser muito graduais.

"Embora eu seja a favor de alta um pouco mais tardia do que muitos de meus colegas, o momento preciso para a primeira alta da taxa de juros é menos importante para mim do que a trajetória que a taxa vai seguir ao longo de todo o processo de normalização de política", disse ele em discurso preparado para evento em Miwaukee.

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