Janet Yellen: uma mudança drástica nos juros poderia prejudicar e muito as ações, tanto nos Estados Unidos quanto em países emergentes como o Brasil (Alex Wong/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 13 de dezembro de 2017 às 06h36.
Última atualização em 13 de dezembro de 2017 às 07h33.
O Federal Reserve (Fed), banco central americano, termina sua última reunião do ano nesta quarta-feira com uma esperada elevação nos juros do país. A taxa deve passar do intervalo de 1% e 1,25% para a faixa entre 1,25% e 1,50%.
Após a alta desta quarta-feira, o Fed terá elevado os juros do país três vezes neste ano e cinco vezes em dois anos (quando o novo ciclo começou).
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Em contraste, em seu último ciclo de alta o banco central americano subiu a taxa de juros 17 vezes em dois anos.
A lentidão atual se deve ao fato de a economia e o mercado financeiro mostrarem poucos sinais de superaquecimento.
Embora alguns analistas alertem para a possibilidade de uma bolha nas ações americanas, elas continuam em alta.
Uma mudança drástica nos juros poderia prejudicar e muito as ações, tanto nos Estados Unidos quanto em países emergentes como o Brasil. Risco que o Fed não deve correr.
Mas o principal motivo para os poucos avanços do Fed está na frágil inflação americana, que continua abaixo da meta de 2%.
É por isso que economistas estimam que a lentidão deve continuar, com o Fed subindo os juros três vezes em 2018 e duas vezes em 2019.
A atual presidente do banco central americano, Janet Yellen, teve a missão de comunicar ao mercado, durante várias reuniões ao longo deste ano, que a inflação baixa não era uma preocupação e que logo convergiria para a meta.
A partir de fevereiro, a missão de acalmar o mercado estará com o advogado Jerome H. Powell, que atualmente é diretor do Fed e assumirá o comando da instituição.
Enquanto o avanço dos juros continuar tão lento quanto o das pautas do presidente Donald Trump no congresso, o Brasil e outros emergentes podem continuar tranquilos. Investidores continuarão dispostos ao risco de mercados periféricos em contraste com a segurança, e baixíssima rentabilidade, americana.