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Fed desencadeou desestabilização mundial, diz Márcio Holland

Para secretário, Brasil tem trabalhado a todo custo para manter inflação na meta

Márcio Holland (Lilian Sobral / Exame.com)
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Da Redação

Publicado em 1 de julho de 2013 às 23h13.

São Paulo – Ao falar no evento de premiação de Melhores e Maiores de EXAME , realizado nesta noite em São Paulo, o secretário de política econômica do Ministério da Fazenda, Márcio Holland, afirmou que o país vive um momento muito difícil economicamente, com o que já pode ser considerada uma das piores crises do sistema capitalista. “Há cerca de um mês, o Fed [Federal Reserve, Banco Central dos Estados Unidos] desencadeou mais uma onda de turbulência mundial, provocando a desvalorização de várias moedas”, disse ao se referir aos estímulos econômicos concedidos pelo banco americano.

“E todo esse tumulto acontece porque a economia americana estaria se recuperando. Imagine se estivesse piorando”, afirmou. Na visão do secretário, quando os Estados Unidos estão em crise e precisa dar estímulos, o Brasil é prejudicado. Quando melhora um pouco e pensa em retirar os estímulos, o país também sofre com reação dos mercados.

Segundo Holland, apesar de passageira, essa turbulência atrapalha a economia brasileira.

Cenário interno

Apesar da crise e do temor de empresas e mercados por um PIB crescendo pouco, Holland afirmou que a economia no início do ano cresceu mais que a americana, a mexicana, e que a de outros países do G20. “Estamos colhendo os frutos do que fizemos em 2011 e 2012, para reduzir os custos e promover mais produtividade para economia brasileira”, disse.

Holland também falou de alguns dos pontos de maior destaque (e preocupação) na economia brasileira. “Hoje, o Brasil tem juros reais civilizados, um câmbio que flutua sem excessiva valorização que minava nossa indústria, e uma inflação mantida dentro da meta a todo custo”, disse.

Com o dólar ficando mais caro ante o real, o Banco Central tem feito nos últimos dias uma série de leilões na tentativa de dar fôlego para a cotação. Já sobre a inflação, o mercado vem subindo também sua projeção, como mostra o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira.

Pacotes e impostos

O secretário também comentou as recentes desonerações do governo. “Só em 2012, retiramos 1% do PIB em tributos, com destaque para desoneração da folha de pagamento”, disse o secretário.

Sobre infraestrutura, lembrou dos recentes leilões do governo e também dos próximos. “Nos próximos dias, finalizaremos as condições para os leilões de concessão rodoviárias que terão altas taxas de retorno”, disse, prevendo que até setembro as rodovias já serão disputadas. Também afirmou que leilões de aeroportos e do pré-sal saem ainda neste ano.

Manifestações

Holland também comentou os recentes protestos no Brasil. “Não podemos deixar que as manifestações recentes abalem o humor da economia”, disse. Afirmou que a presidente Dilma Rousseff “deu a resposta adequada aos recentes protestos”.

Recentemente, a presidente anunciou cinco pactos, econômicos e políticos, após as manifestações.

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São Paulo – Ao falar no evento de premiação de Melhores e Maiores de EXAME , realizado nesta noite em São Paulo, o secretário de política econômica do Ministério da Fazenda, Márcio Holland, afirmou que o país vive um momento muito difícil economicamente, com o que já pode ser considerada uma das piores crises do sistema capitalista. “Há cerca de um mês, o Fed [Federal Reserve, Banco Central dos Estados Unidos] desencadeou mais uma onda de turbulência mundial, provocando a desvalorização de várias moedas”, disse ao se referir aos estímulos econômicos concedidos pelo banco americano.

“E todo esse tumulto acontece porque a economia americana estaria se recuperando. Imagine se estivesse piorando”, afirmou. Na visão do secretário, quando os Estados Unidos estão em crise e precisa dar estímulos, o Brasil é prejudicado. Quando melhora um pouco e pensa em retirar os estímulos, o país também sofre com reação dos mercados.

Segundo Holland, apesar de passageira, essa turbulência atrapalha a economia brasileira.

Cenário interno

Apesar da crise e do temor de empresas e mercados por um PIB crescendo pouco, Holland afirmou que a economia no início do ano cresceu mais que a americana, a mexicana, e que a de outros países do G20. “Estamos colhendo os frutos do que fizemos em 2011 e 2012, para reduzir os custos e promover mais produtividade para economia brasileira”, disse.

Holland também falou de alguns dos pontos de maior destaque (e preocupação) na economia brasileira. “Hoje, o Brasil tem juros reais civilizados, um câmbio que flutua sem excessiva valorização que minava nossa indústria, e uma inflação mantida dentro da meta a todo custo”, disse.

Com o dólar ficando mais caro ante o real, o Banco Central tem feito nos últimos dias uma série de leilões na tentativa de dar fôlego para a cotação. Já sobre a inflação, o mercado vem subindo também sua projeção, como mostra o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira.

Pacotes e impostos

O secretário também comentou as recentes desonerações do governo. “Só em 2012, retiramos 1% do PIB em tributos, com destaque para desoneração da folha de pagamento”, disse o secretário.

Sobre infraestrutura, lembrou dos recentes leilões do governo e também dos próximos. “Nos próximos dias, finalizaremos as condições para os leilões de concessão rodoviárias que terão altas taxas de retorno”, disse, prevendo que até setembro as rodovias já serão disputadas. Também afirmou que leilões de aeroportos e do pré-sal saem ainda neste ano.

Manifestações

Holland também comentou os recentes protestos no Brasil. “Não podemos deixar que as manifestações recentes abalem o humor da economia”, disse. Afirmou que a presidente Dilma Rousseff “deu a resposta adequada aos recentes protestos”.

Recentemente, a presidente anunciou cinco pactos, econômicos e políticos, após as manifestações.

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