Economia

O que esperar da economia, segundo as próprias empresas

Para Cielo, crescimento do PIB não chega a 3% neste ano

Funcionário da Casa da Moeda verifica notas novas de cem reais durante produção, em novembro de 2012 (Sérgio Moraes / Reuters)

Funcionário da Casa da Moeda verifica notas novas de cem reais durante produção, em novembro de 2012 (Sérgio Moraes / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 1 de julho de 2013 às 21h13.

São Paulo – Cenário econômico desafiador. A definição é quase unanimidade entre grandes empresários brasileiros. O crescimento do produto interno bruto (PIB) neste ano é um dos maiores desafios apontados pelas empresas.

Alguns desses empresários, presentes na premiação Melhores e Maiores 2013 promovida nesta segunda-feira por EXAME, contaram o que esperam da economia e dos setores que atuam.

Confira:

Rômulo Dias, presidente da Cielo

“Esperamos um crescimento para o PIB entre 2% e 2,5%”, afirmou. A projeção vem caindo junto com a do mercado. No começo do ano, a expectativa do executivo era de um PIB subindo 3%.

Outro desafio para o setor de meio de pagamentos é a inflação, já no topo da meta, que influencia no consumo e na atividade do setor.

José Edison Franco, InterCement

“Nossa expectativa é que o setor de cimentos tenha um crescimento de cerca de 4,7% no volume vendido neste ano”, afirma o executivo. Sem dar uma projeção exata para o PIB, estima que o setor cresça cerca de 2 a 3 pontos acima da economia. “Isso porque o setor depende muito mais de crescimento de renda do que de crescimento econômico especificamente”, afirma. 


Essa expansão deve se concretizar especialmente no terceiro e quarto trimestres, afirma Franco. Apesar dos grandes eventos e obras de infraestrutura esperados para o Brasil, o que mais influencia a empresa são pequenas obras, como afirma o executivo.

Alexandre Birman, Arezzo

Também sem dar uma projeção específica para o PIB, o empresário afirma que o maior desafio que vem junto com a desaceleração econômica é a desaceleração do consumo. “Nosso maior desafio será converter o fluxo das lojas em vendas”, disse.

A inflação também preocupa o setor de varejo, diz o executivo. Ele garante, porém, que com engenharia de produto a empresa conseguiu manter preços sem forte efeito da inflação.

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