Dinheiro: a pesquisa mostra também que caiu de 21,5% em maio para 19,8% em junho o número de famílias com contas em atraso (Marcelo Calenda/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 6 de julho de 2012 às 11h31.
São Paulo - O total de endividados na cidade de São Paulo voltou a cair em junho após duas altas consecutivas. A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), mostra que 48,7% das famílias paulistanas estavam endividadas em junho - 1,75 milhão -, ante porcentual de 53,2% verificado em maio. O grupo, no entanto, ainda é maior do que o verificado um ano antes, quando 46,9% das famílias da capital paulista se encontravam endividadas.
A pesquisa divulgada nesta quarta-feira mostra também que caiu de 21,5% em maio para 19,8% em junho o número de famílias com contas em atraso. No mesmo período, também recuou de 5,4% para 4,8% a parcela que afirma não ter condições de pagar total ou parcialmente suas dívidas. De acordo com a FecomercioSP, o consumidor está conseguindo ajustar seu orçamento após ter pago parte das prestações assumidas em promoções do início do ano.
A principal dívida é o cartão de crédito - 79,7% dos paulistanos têm dívidas devido às compras pagas dessa maneira, proporção que é recorde na série histórica iniciada em fevereiro de 2010. As dívidas com carnês passaram de 17,6% em maio para 15% em junho e as com crédito pessoal apresentaram retração de 19,3% para 12,5% no período.
Ainda segundo a FecomercioSP, 19,8% dos paulistanos disseram ter contraído dívidas por mais de um ano, 38,1% se endividaram por um período de três a seis meses e 22,8% se endividaram por menos de três meses. A maioria da população (55,1%) comprometeu entre 11% e 50% da sua renda mensal, enquanto 27,6% comprometeram menos de 10% e 14,8% comprometeram mais de 50% da renda familiar.
Do total de consumidores inadimplentes, a maior parte (42,7%) respondeu que as dívidas estão em atraso entre 30 e 90 dias, 38,6% tem atrasos superiores a 90 dias, e 16,4% tem contas atrasadas por até 30 dias.