Economia

Falta de chuva ajuda aéreas brasileiras em setembro

Em setembro, a demanda doméstica subiu 3 por cento sobre um ano antes


	Aviação: maior atividade nas viagens de lazer ajudou as companhias aéreas a conseguirem maior planejamento das frotas
 (Luísa Melo/Exame.com)

Aviação: maior atividade nas viagens de lazer ajudou as companhias aéreas a conseguirem maior planejamento das frotas (Luísa Melo/Exame.com)

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Da Redação

Publicado em 21 de outubro de 2014 às 11h41.

São Paulo - Pelo menos um setor da economia esta lucrando com a estiagem prolongada que atinge várias regiões do Brasil: as companhias aéreas. Em setembro, a demanda doméstica subiu 3 por cento sobre um ano antes, puxada pelas viagens de passeio, informou a associação que representa o setor, nesta terça-feira.

"O clima ajudou o turismo", resumiu o presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), Eduardo Sanovicz, ao anunciar os números do setor sobre o mês passado. "Esta calor, o pessoal vai viajar." As viagens de turismo compensaram com sobras a queda na procura corporativa por bilhetes, o que a Abear atribuiu a uma combinação de menor atividade econômica e cenário eleitoral, o que tem feito decisões de negócios serem postergadas.

Em geral responsáveis por cerca de 60 por cento da demanda, as viagens de negócios também garantem maior rentabilidade às empresas aéreas, já que o preço médio dos bilhetes é bem maior.

De todo modo, a maior atividade nas viagens de lazer ajudou as companhias aéreas a conseguirem maior planejamento das frotas, com o nível médio de ocupação dos voos subindo 1,3 ponto percentual sobre setembro de 2013, para 78,67 por cento.

Isso porque a oferta de assentos em aeronaves no mercado doméstico, avançou 1,3 por cento na mesma base de comparação, menos da metade do avanço da demanda.

No acumulado de janeiro a setembro, o nível médio de ocupação, chamado de "load factor", cresceu 4,2 pontos, para 79,5 por cento.

"Foram números saudáveis para a industria", disse o consultor técnico da Abear Maurício Emboaba.

Se por um lado, a maior participação do turismo aumentou a taxa de ocupação das aeronaves, por outro prejudicou a rentabilidade das empresas, reclamou Emboaba.

A entidade, que representa as companhias aéreas Gol, TAM, Azul e Avianca, reforçou o discurso para que o governo federal reveja os critérios de tributação sobre o querosene de aviação, um dos principais custos das companhias, e cuja estrutura distorcida torna as viagens mais caras do que em outros países, segundo Sanovicz.

"Durante os últimos anos, conseguimos enfrentar as adversidades da economia. Com aumento da eficiência, mas nossa lição de casa esta chegando no limite" disse a jornalistas. "Agora dependemos muito de decisões do setor público para dar previsibilidade e estabilidade" ao setor.

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