Economia

Falcatruas de grupos financeiros serão punidas em US$ 1,5 bi

Depois de um ano e meio investigando irregularidades na contabilidade dos maiores grupos financeiros do planeta, como Citigroup, Merrill Lynch e Credit Suisse First Boston, Eliot Spitzer, o procurador-geral do estado de Nova York, fechou um acordo envolvendo governo, bancos, corretoras e fundos de investimento. As mudanças, que atingem CEOs, contadores, analistas de mercado e […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h41.

Depois de um ano e meio investigando irregularidades na contabilidade dos maiores grupos financeiros do planeta, como Citigroup, Merrill Lynch e Credit Suisse First Boston, Eliot Spitzer, o procurador-geral do estado de Nova York, fechou um acordo envolvendo governo, bancos, corretoras e fundos de investimento. As mudanças, que atingem CEOs, contadores, analistas de mercado e pequenos investidores, incluem multa de 1,5 bilhão de dólares a ser paga pelas empresas apanhadas cometendo falcatruas.

Para os altos executivos das empresas que vendem seus papéis na bolsa, as novas regras significam menos poder e muito mais obrigações. "Os CEOs controlavam praticamente todo o processo decisório das empresas", disse Spitzer a EXAME. "Para o bem dos acionistas e das próprias corporações, as decisões deles precisam ser discutidas e, se for o caso, rejeitadas pelos demais participantes do processo decisório." De acordo com a reforma, o processo decisório corporativo passa a ser compartilhado pelos membros do conselho administrativo, investidores institucionais e auditores independentes. Eles também poderão ser responsabilizados judicialmente por irregularidades cometidas em seu nome.

A reforma promove uma mudança radical na maneira como as pesquisas e as análises são feitas por bancos, corretoras e fundos de investimentos. "Não é crime nenhum fazer uma análise errada sobre o mercado", diz ele. "O problema são os conflitos de interesse, em que as firmas recomendam papéis de corporações com as quais mantêm negócios." Para solucionar esse tipo de ligação perigosa, a receita de Spitzer recomenda a construção de uma "muralha da China" dentro das empresas financeiras, separando seus departamentos de pesquisa de bancos de investimento e corretoras. Spitzer quer também que, além de seus próprios relatórios, as firmas de Wall Street comprem análises de mercado feitas por empresas independentes, fornecendo-as gratuitamente à sua clientela.

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