Crítica: a GA afirmou que "estas tarifas prejudicarão setor automotivo dos EUA, que é composto por 14 fabricantes, todos eles globais (Leah Millis/Reuters)
EFE
Publicado em 27 de junho de 2018 às 13h27.
Última atualização em 27 de junho de 2018 às 13h29.
Washington - O grupo que representa os fabricantes de veículos estrangeiros nos Estados Unidos, Global Automakers (GA), criticou nesta quarta-feira a proposta do presidente americano, Donald Trump, de impor tarifas sobre as importações de automóveis e disse que estas prejudicarão os trabalhadores americanos.
O presidente do GA, John Bozzella, afirmou em comunicado que "estas tarifas prejudicarão setor automotivo dos EUA, que é composto por 14 fabricantes, todos eles globais e dos quais 10 são fabricantes internacionais".
"Cada uma destas companhias emprega trabalhadores americanos para produzir automóveis nos EUA, e as tarifas aumentarão substancialmente os preços para os consumidores", acrescentou Bozzella.
Segundo o grupo, se as tarifas anunciadas forem impostas, o preço dos veículos importados aumentará em média de US$ 5,8 mil, o que custaria aos consumidores US$ 45 bilhões.
O GA também rebateu o argumento do presidente Trump para estudar a imposição de tarifas por razões de "segurança nacional" e disse que os 130 mil americanos empregados diretamente pelos fabricantes estrangeiros "não são menos patriotas" do que qualquer outro americano.
Trump ameaçou impor tarifas de 25% aos veículos importados de países como Canadá, México e China e da Europa indicando que estas importações podem ser uma ameaça para a segurança do país, sustentando-se em uma lei aprovada 1962, durante a Guerra Fria.
"Não há justificativa de segurança nacional para impor tarifas às importações de veículos e peças ou diferenciar companhias globais com sede aqui ou em países aliados", acrescentou Bozzella.
Além disso, o presidente da GA disse que se finalmente o governo Trump impor as tarifas, os países afetados responderão com represálias, já anunciadas, "colocando os trabalhadores americanos do setor na primeira linha deste conflito comercial".