Economia

Exportações de algodão renderam ao Brasil US$ 428 neste ano

O Brasil colheu 1,467 milhão de toneladas na safra 2014/2015 e vendeu o excedente para Indonésia, Vietnã e Coreia do Sul


	Exportações: o Brasil colheu 1,467 milhão de toneladas na safra 2014/2015 e vendeu o excedente para Indonésia, Vietnã e Coreia do Sul
 (Wikimedia Commons)

Exportações: o Brasil colheu 1,467 milhão de toneladas na safra 2014/2015 e vendeu o excedente para Indonésia, Vietnã e Coreia do Sul (Wikimedia Commons)

DR

Da Redação

Publicado em 15 de setembro de 2015 às 06h44.

As vendas externas de 313.081 toneladas de algodão, de janeiro a agosto deste ano, renderam ao Brasil US$ 482,117 milhões de divisas.

Mas, em decorrência da queda dos preços internacionais do produto, o país teve de exportar 29,12% a mais para obter lucro de 3,96%.

Descontadas as importações brasileiras de algodão de fibra longa  no ano, o saldo comercial do setor ficou em US$ 478,841 milhões, registrando aumento de 17,65% sobre igual período do ano passado.

Os números foram divulgados pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), que destacou a boa recuperação da cotonicultura nacional nos últimos dez anos, em especial após a devastação provocada pela praga do bicudo-do-algodoeiro – inseto de maior incidência e com maior potencial de danos à produção. Apesar disso, o Brasil passou de comprador para vendedor do produto.

Atualmente, o país é o quinto produtor (atrás da China, Índia, dos Estados Unidos e do Paquistão), e o terceiro maior exportador (atrás de Estados Unidos e da Índia).

O Brasil colheu 1,467 milhão de toneladas na safra 2014/2015 – principalmente nos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais, Bahia e Maranhão – e vendeu o excedente para Indonésia, Vietnã e Coreia do Sul.

Especialista em cotonicultura, Alan Malinski, da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), disse que, mesmo com grande potencial para aumentar a produção, o país precisa enfrentar alguns problemas, além do bicudo.

De acordo com Malinski, um desses problemas é o alto percentual de fibras curtas do algodão, em razão da falta de mão de obra qualificada na hora de separar a fibra do caroço do algodão, que reduz a produtividade e desvaloriza o algodão.

Malinski acrescentou que o agricultor também enfrenta altos custos de produção, estimados em torno de 30% neste ano.

Segundo ele, a alta demanda por defensivos e fertilizantes e a forte valorização do dólar têm diminuído a rentabilidade dos produtores, o que, na sua análise, dificulta a manutenção dos pequenos produtores em atividade.

Acompanhe tudo sobre:AlgodãoAmérica LatinaComércio exteriorDados de BrasilExportações

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto