Economia

Exportações da China surpreendem e crescem 0,1% em novembro

Resultado surpreendeu os economistas, que esperavam que o superávit comercial tivesse encolhido em novembro

Porto de Qingdao, na China: nos 11 primeiros meses do ano, as exportações caíram 7,5 por cento ante igual período do ano anterior (China Stringer Network/Reuters/Reuters)

Porto de Qingdao, na China: nos 11 primeiros meses do ano, as exportações caíram 7,5 por cento ante igual período do ano anterior (China Stringer Network/Reuters/Reuters)

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Reuters

Publicado em 8 de dezembro de 2016 às 08h35.

Última atualização em 8 de dezembro de 2016 às 09h20.

As importações da China cresceram no ritmo mais rápido em mais de dois anos em novembro, impulsionadas pela forte procura por commodities, do carvão até o minério de ferro, enquanto as exportações também subiram inesperadamente, refletindo recuperação da demanda doméstica e global.

Os dados otimistas somam-se a sinais de recuperação industrial modesta nas maiores economias do mundo, mesmo com a China e outros exportadores asiáticos se preparando para potencial guerra comercial quando o protecionista Donald Trumptomar posse como presidente dos Estados Unidos.

As exportações chinesas em novembro subiram inesperadamente 0,1 por cento em relação ao ano anterior, enquanto as importações aumentaram 6,7 por cento em função da forte demanda por commodities, que vão desde carvão até minério de ferro, segundo dados oficiais divulgados nesta quinta-feira.

O resultado deixou o país com um superávit comercial de 44,61 bilhões de dólares no mês, informou a Administração Geral Alfandegária.

Nos 11 primeiros meses do ano, as exportações caíram 7,5 por cento ante igual período do ano anterior, enquanto as importações caíram 6,2 por cento na mesma base de comparação

A expectativa era de que o superávit comercial tivesse encolhido para 46,30 bilhões de dólares em novembro, contra 49,06 bilhões de dólares em outubro.

"A melhora reflete fortalecimento da demanda global, com recentes pesquisas empresariais sugerindo que as economias desenvolvidas estão no caminho para terminar o ano com resultado forte", disse o economista da Capital Economics, em Cingapura, Julian Evans-Pritchard.

"Mas embora a demanda global tenha recuperado um pouco recentemente, a menor tendência de crescimento em muitas economias desenvolvidas e emergentes significa que a alta é provavelmente limitada".

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