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Exportação de carne do Brasil crescerá menos que o esperado

Casos como a Operação Carne Fraca e a delação dos irmãos Batista, da JBS, influenciaram as previsões para o setor, antes mais positivas

Carne: "Considerando o tamanho da JBS, isso afetou toda a cadeia produtiva" (Paulo Whitaker/Reuters)
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Reuters

Publicado em 24 de agosto de 2017 às 20h02.

São Paulo - As exportações de carne bovina do Brasil deverão aumentar 10 por cento ante o ano passado, para 1,5 milhão de toneladas em 2017, mas o crescimento será menor do que o projetado anteriormente, de acordo com avaliação da consultoria Agroconsult nesta quinta-feira.

Numa avaliação anterior, a Agroconsult esperava que as exportações de carne bovina do Brasil crescessem em 20 por cento.

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No entanto, uma série de problemas, incluindo o escândalo envolvendo fiscalização sanitária denunciado pela Operação Carne Fraca, prejudicou as operações dos maiores processadores de carne do Brasil, segundo o analista de pecuária da Agroconsult, Maurício Nogueira.

A avaliação foi apresentada durante conferência sobre a expedição técnica Rally da Pecuária.

A delação dos irmãos Batista, da gigante JBS, também influenciou as previsões, disse Nogueira.

Com o escândalo, muitos pecuaristas endureceram as negociações com a JBS, exigindo pagamentos à vista, preocupados com a saúde financeira do grupo.

"Considerando o tamanho da JBS, isso afetou toda a cadeia produtiva", disse ele.

Paralelamente, a Agroconsult disse que a produção de carne bovina do Brasil deverá totalizar 9,4 milhões de toneladas em 2017, ante 10,1 milhões de toneladas na previsão anterior e 9,1 milhões de toneladas em 2016.

Com uma fraca demanda no mercado doméstico adicionando pressão para a indústria, disse Nogueira, a projeção de abates no país foi revisada para abaixo para 39,5 milhões de cabeças, neste ano, ante 40,4 milhões na projeção de abril.

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