O estudo mostra também que, para este ano, 68% dos empresários brasileiros pesquisados em junho esperam faturamento melhor que o de 2010 (Arquivo/Stock.XCHNG)
Da Redação
Publicado em 21 de junho de 2011 às 15h10.
São Paulo – Depois de quatro trimestres de expectativa empresarial muito positiva, acima de 84%, pesquisa da Serasa Experian, divulgada hoje (21), mostra que as perspectivas positivas dos empresários para o terceiro trimestre deste ano ficaram em 79%. Segundo a Serasa, os impactos da política monetária, a elevação dos juros e as restrições ao crédito foram os fatores preponderantes para a redução da expectativa positiva.
“O encarecimento do capital de giro está afetando todos os setores, principalmente nas expectativas em relação às condições de crédito. Há um sentimento generalizado de que os juros aumentarão ainda mais e de que os prazos de financiamento ficarão mais curtos”, diz a entidade.
O estudo mostra também que, para este ano, 68% dos empresários brasileiros pesquisados em junho esperam faturamento melhor que o de 2010, 19% acham que será igual e 13%, que ficará pior. Em março de 2011, 72% esperavam faturamento melhor que o do ano anterior, 18% achavam que seria igual e 10%, inferior.
O Nordeste é a região mais otimista, com 82% dos empresários apostando em maior faturamento em 2011. No Sudeste, a expectativa positiva está em 67%, no Sul e no Norte, em 64%, e no Centro-Oeste, em 58%.
Segundo a Serasa, caiu o percentual de entrevistados que esperam crescimento dos investimentos de sua empresa no terceiro trimestre. No segundo trimestre, eram 32%. Já o percentual de empresários que vão manter os investimentos de acordo com o planejado aumentou de 54% para 58%. O dos que vão fazer cortes caiu 5% para 4%, e o dos que vão postergar investimentos não mudou: 9%.
Para 66% dos empresários brasileiros, a inflação está causando impacto nos custos de seu negócio. O setor que mais mostra isso é a indústria, de acordo com 73% de seus executivos. Compartilham dessa opinião o comércio (69%), o setor de serviços (64%) e as instituições financeiras (60%).