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Executiva do PT defende redução da meta de superávit

A Executiva do partido defendeu "reorientação" da política econômica que inclua redução da meta de superávit e a reversão da política atual de elevação de juros

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 25 de junho de 2015 às 20h19.

São Paulo - A Executiva Nacional do PT defendeu nesta quinta-feira uma "reorientação" da política econômica do governo da presidente Dilma Rousseff que inclua a redução da meta de superávit primário e a reversão da política atual de elevação de juros pelo Banco Central .

Em reunião em São Paulo, a Executiva petista aprovou resolução em que elogia algumas medidas anunciadas recentemente pelo governo, como o Plano de Investimentos em Logística, mas defende medidas de "reorientação" para a retomada do crescimento da economia.

"Avultam entre estas providências, a serem debatidas com a sociedade e o Congresso Nacional, a redução da meta do superávit fiscal, a imediata reversão da elevação da taxa de juros praticada pelo Banco Central e a taxação das grandes heranças, das grandes fortunas e dos excessivos ganhos financeiros", afirma o documento.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, encerrada no dia 4 de junho, a taxa básica de juros da economia foi elevada pela sexta vez seguida, para 13,75 por cento ao ano e a expectativa do mercado financeiro, apurada pelo boletim Focus do BC, é de continuação na trajetória de alta da Selic.

O governo persegue uma meta de superávit primário de 66,3 bilhões de reais, equivalente a 1,1 por cento do Produto Interno Bruto (PIB).

Em 12 meses encerrados em abril, essa economia de despesa para o pagamento de juros ficou negativa em 0,76 por cento do PIB. Apesar disso, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou na terça-feira ser "precipitado" falar em mudança da meta de superávit.

"PEDALADAS" E LAVA JATO

A resolução petista também classifica de "inadmissível" o que chama de "disputa política" dentro do Tribunal de Contas da União, que analisa as contas do governo Dilma em 2014, que seriam irregulares por conta das chamadas "pedaladas fiscais", o atraso de repasses do Tesouro para que bancos públicos pagassem obrigações do governo.

"Preocupa ao PT as consequências para a economia nacional do prejulgamento de empresas acusadas no âmbito da Operação Lava Jato. É preciso apressar os acordos de leniência, que permitam a recuperação de recursos eventualmente desviados, e que não se paralisem obras ou se suspendam investimentos previstos, a fim de impedir a quebra de empresas e a continuidade das demissões daí resultantes", afirma a resolução.

O documento petista também critica o projeto que tramita no Congresso e que tira da Petrobras a condição de única operadora do pré-sal.

"Ao tempo em que a empresa se recupera, ostenta recordes de produção e revaloriza suas ações, interesses antinacionais planejam, em seguida, atacar a política de conteúdo nacional e o regime de partilha, abrindo campo para a privatização da Petrobras e para o ingresso em massa no Brasil das transnacionais do petróleo", afirma.

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São Paulo - A Executiva Nacional do PT defendeu nesta quinta-feira uma "reorientação" da política econômica do governo da presidente Dilma Rousseff que inclua a redução da meta de superávit primário e a reversão da política atual de elevação de juros pelo Banco Central .

Em reunião em São Paulo, a Executiva petista aprovou resolução em que elogia algumas medidas anunciadas recentemente pelo governo, como o Plano de Investimentos em Logística, mas defende medidas de "reorientação" para a retomada do crescimento da economia.

"Avultam entre estas providências, a serem debatidas com a sociedade e o Congresso Nacional, a redução da meta do superávit fiscal, a imediata reversão da elevação da taxa de juros praticada pelo Banco Central e a taxação das grandes heranças, das grandes fortunas e dos excessivos ganhos financeiros", afirma o documento.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, encerrada no dia 4 de junho, a taxa básica de juros da economia foi elevada pela sexta vez seguida, para 13,75 por cento ao ano e a expectativa do mercado financeiro, apurada pelo boletim Focus do BC, é de continuação na trajetória de alta da Selic.

O governo persegue uma meta de superávit primário de 66,3 bilhões de reais, equivalente a 1,1 por cento do Produto Interno Bruto (PIB).

Em 12 meses encerrados em abril, essa economia de despesa para o pagamento de juros ficou negativa em 0,76 por cento do PIB. Apesar disso, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou na terça-feira ser "precipitado" falar em mudança da meta de superávit.

"PEDALADAS" E LAVA JATO

A resolução petista também classifica de "inadmissível" o que chama de "disputa política" dentro do Tribunal de Contas da União, que analisa as contas do governo Dilma em 2014, que seriam irregulares por conta das chamadas "pedaladas fiscais", o atraso de repasses do Tesouro para que bancos públicos pagassem obrigações do governo.

"Preocupa ao PT as consequências para a economia nacional do prejulgamento de empresas acusadas no âmbito da Operação Lava Jato. É preciso apressar os acordos de leniência, que permitam a recuperação de recursos eventualmente desviados, e que não se paralisem obras ou se suspendam investimentos previstos, a fim de impedir a quebra de empresas e a continuidade das demissões daí resultantes", afirma a resolução.

O documento petista também critica o projeto que tramita no Congresso e que tira da Petrobras a condição de única operadora do pré-sal.

"Ao tempo em que a empresa se recupera, ostenta recordes de produção e revaloriza suas ações, interesses antinacionais planejam, em seguida, atacar a política de conteúdo nacional e o regime de partilha, abrindo campo para a privatização da Petrobras e para o ingresso em massa no Brasil das transnacionais do petróleo", afirma.

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