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Ex-presidente do BCE adverte para riscos de "Grexit"

O governo grego entregou na quinta-feira à noite uma última lista de reformas a Bruxelas

Jean-Claude Trichet: "A redução da dívida (grega) por parte dos europeus está descartada nas negociações com Atenas" (Eric Piermont/AFP)
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Da Redação

Publicado em 10 de julho de 2015 às 08h54.

Frankfurt - Os credores da Grécia terão que renunciar à quase totalidade dos pagamentos de empréstimos no caso de saída do país da zona do euro e subestimam o "risco geopolítico" de um "Grexit", advertiu o ex-presidente do Banco Central Europeu ( BCE ) Jean-Claude Trichet.

Um "Grexit" custaria caro para a Europa, considera Trichet em um artigo publicado no jornal alemão Frankfurter Allgemeine Zeitung. Não apenas para os gregos, forçados a viver em uma "convulsão terrível e dolorosa", mas também para os credores que "teriam que renunciar à quase totalidade dos reembolsos", alertou.

"A redução da dívida (grega) por parte dos europeus está descartada nas negociações com Atenas", destacou.

O governo grego entregou na quinta-feira à noite uma última lista de reformas a Bruxelas. A Alemanha descarta qualquer redução da dívida grega, mas deixou a porta aberta par um eventual "reescalonamento".

"Se subestima o risco de um contágio na Europa, em particular na Alemanha", adverte Trichet.

Para o ex-presidente do BCE, "a Europa tem uma responsabilidade histórica de ancorar os países que integravam o grupo comunista".

No caso de saída de Atenas da zona do euro é necessário ter em mente "a proximidade cultural dos gregos com a Ucrânia e a Rússia graças ao vínculo da religião ortodoxa", completou.

Desde que chegou ao poder, o primeiro-ministro grego Alexis Tsipras demonstrou sua proximidade com o presidente russo Vladimir Putin, sobretudo nos momentos críticos das negociações entre Atenas e seus credores. Moscou afirma que Atenas não solicitou ajuda financeira.

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Um "Grexit" custaria caro para a Europa, considera Trichet em um artigo publicado no jornal alemão Frankfurter Allgemeine Zeitung. Não apenas para os gregos, forçados a viver em uma "convulsão terrível e dolorosa", mas também para os credores que "teriam que renunciar à quase totalidade dos reembolsos", alertou.

"A redução da dívida (grega) por parte dos europeus está descartada nas negociações com Atenas", destacou.

O governo grego entregou na quinta-feira à noite uma última lista de reformas a Bruxelas. A Alemanha descarta qualquer redução da dívida grega, mas deixou a porta aberta par um eventual "reescalonamento".

"Se subestima o risco de um contágio na Europa, em particular na Alemanha", adverte Trichet.

Para o ex-presidente do BCE, "a Europa tem uma responsabilidade histórica de ancorar os países que integravam o grupo comunista".

No caso de saída de Atenas da zona do euro é necessário ter em mente "a proximidade cultural dos gregos com a Ucrânia e a Rússia graças ao vínculo da religião ortodoxa", completou.

Desde que chegou ao poder, o primeiro-ministro grego Alexis Tsipras demonstrou sua proximidade com o presidente russo Vladimir Putin, sobretudo nos momentos críticos das negociações entre Atenas e seus credores. Moscou afirma que Atenas não solicitou ajuda financeira.

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