Economia

Euro atinge cotação recorde

O euro atingiu recorde histórico nesta terça-feira (27/5). Depois de atingir o pico de 1,1932 dólar, a moeda da União Européia foi cotada a 1,1872 dólar no início da tarde, no Brasil. Esse é a segunda vez no dia que a moeda dá pico. O primeiro recorde aconteceu durante o pregão na Ásia. No mercado […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h01.

O euro atingiu recorde histórico nesta terça-feira (27/5). Depois de atingir o pico de 1,1932 dólar, a moeda da União Européia foi cotada a 1,1872 dólar no início da tarde, no Brasil. Esse é a segunda vez no dia que a moeda dá pico. O primeiro recorde aconteceu durante o pregão na Ásia. No mercado cambial de Tóquio, a moeda chegou a ser cotada a 1,1914 dólar.

É o valor mais alto atingido pela moeda, que existe há apenas quatro anos, perdendo apenas para quando ela foi lançada: 1,1886 dólar, no dia do seu lançamento, em 4 de janeiro de 1999. Segundo analistas americanos, o euro não deverá baixar de patamar, já que não existe nenhuma força que atue contra a moeda. Ao mesmo tempo, o dólar não dá sinais de recuperação, apoiado por uma fraca economia americana.

Na consolidação do euro, iniciada no ano passado, vêm pesando as conseqüências financeiras e políticas da Guerra do Iraque e da nova estratégia americana para o Oriente Médio. O presidente George W. Bush assumiu o governo com um superávit fiscal de 300 bilhões de dólares e negociações que buscavam equilibrar as tensões naquela parte do mundo. Hoje, administra um déficit de 700 bilhões de dólares, uma política internacional expansionista e uma economia interna em declínio. Os americanos têm muito com que se preocupar em um cenário de permanente desvalorização do dólar: ficará cada vez mais difícil para o país financiar seu déficit.

No fechamento de segunda-feira, em Paris, o euro era cotado a 1,1856 dólar. A valorização do euro já está prejudicando cerca de 10% dos exportadores franceses _percentual que pode aumentar se o movimento de alta da moeda continuar, afirmou o ministro do Comércio, François Loos, nesta terça-feira, em entrevista ao jornal francês Le Monde. A maior parte das exportações francesas destina-se a outros países da zona do euro, mas aproximadamente 10% vão para os Estados Unidos. Para a UE, a moeda forte, apesar de ser um aval de confiança, cria um problema para os exportadores. Entre os países mais afetados está a Alemanha, cujas exportações de alto valor agregado encarecem e perdem competitividade.

O vice-presidente do Banco Central Europeu, Lucas Papademos, afirmou que a inflação da zona do euro deve desacelerar em 2004. Ele preferiu não dizer se as perspectivas inflacionárias permitirão uma redução nos juros. A valorização do euro e a baixa no petróleo estão ajudando a conter a inflação. Levantamento preliminar mostra que os preços ao consumidor na zona do euro desaceleraram em abril para 2,1%, depois da inflação de 2,4% em março.

Para o Brasil, a valorização do euro é boa e vem na melhor das horas. A União Européia é o principal parceiro brasileiro, com 25% de nossas exportações e, neste momento, negocia em bloco acordos comerciais com os países membros do Mercosul.

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