Economia

EUA estão em guerra comercial, diz secretário de Comércio

Convergindo com a ideia da Casa Branca de que o déficit comercial é também uma ameaça à segurança nacional, Ross disse que o confronto dura anos

Wilbur Ross: "Durante décadas estivemos em guerra. Por isso temos déficits", disse (Eric Thayer/Reuters)

Wilbur Ross: "Durante décadas estivemos em guerra. Por isso temos déficits", disse (Eric Thayer/Reuters)

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AFP

Publicado em 8 de março de 2017 às 16h42.

Estados Unidos já estão em uma guerra comercial contra outras nações, mas agora está em posição de contra-ataque, disse nesta quarta-feira o secretário de Comércio Wilbur Ross.

Convergindo com a ideia da Casa Branca de que o déficit comercial é também uma ameaça à segurança nacional, Ross disse que o confronto dura anos.

"Durante décadas estivemos em guerra. Por isso temos déficits", disse em uma entrevista à Bloomberg TV.

O presidente Donald Trump ameaça taxar produtos importados do México e da China, critica a Alemanha por seus superávits comerciais, rompeu com a Parceria Transpacífico (TPP na sigla em inglês) e pede a renegocição do Nafta.

Sem deixar de lado os exemplos bélicos, Ross baixou um pouco o tom do confronto comercial.

"Não será uma guerra com disparos", disse.

Ross afirmou que a renegociação do Nafta, acordo de livre-comércio entre Estados Unidos, Canadá e México, começará até o final deste ano e não durará mais do que um ano, embora reconheça que "são assuntos complicados".

"Eu gostaria de ter resultados amanhã, mas o mundo não funciona assim", disse ao explicar que montar a discussão do Nafta demandará tempo.

A Casa Branca deve avisar o Congresso com 90 dias de antecedência que empreenderá discussões para renegociar o tratado.

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